quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Da Legolândia para Gotham City


Estas são as primeiras impressões de um “Singapurenho” ao chegar a Hong Kong... Mais tarde partilharei convosco mais relatos e imagens (não tenho tido muito tempo para digerir as milhentas fotos que tirei nem para blogar sobre as aventuras do último fim de semana prolongado...)

Quando vos falo de Hong Kong refiro-me apenas à metrópolis que se aninha na costa norte da ilha de Hong Kong, no sopé do The Peak. O território completo da Região Administrativa Especial (RAE) de Hong Kong é bastante maior que eu esperava, maior mesmo que Singapura (1042 Km2 contra 682 Km2). No post anterior podem comparar os mapas de ambos os territórios e saber detalhes sobre cada país clicando nos mesmos. Na realidade a RAE de Hong Kong inclui até zonas com campo e praia, tanto na costa Sul da Ilha de Hong Kong como em vastas áreas dos Novos Territórios, a Norte da Ilha e ligando com a eufemisticamente chamada “main land” (a China...). Hong Kong, como Macau, pertence à China desde 1997 (Macau desde 1999) mas ainda goza de um estatuto de autonomia especial durante 50 anos, mantendo uma identidade muito forte. Usam o termo “main land” de forma semelhante ao termo “continente” usado pelos Portugueses das ilhas Atlânticas.

Para quem vem de Singapura, um paraíso urbano todo arranjadinho, espaçoso e verdejante mesmo sob a sombra dos arranha céus (onde os há), a primeira impressão quando se “mergulha” em Hong Kong é esmagadora... Esta metrópole é em muitos aspectos considerada semelhante a Singapura (em dimensão, história – passado Britânico, pujança económico-financeira, população maioritáriamente de etnia chinesa). Mas na realidade são dois espaços completamente diferentes! O título deste post diz tudo: se Singapura parece a Legolândia (ouvi este paralelismo da boca de uma senhora Portuguesa em Macau, que aprecia mais a confusão de HK que a paz de Singapura...), Hong Kong faz lembrar Gotham City! O espaço entre arranha céus é muito mais diminuto, as ruas mais sujas e cheias de população, lojecas chinesas a vender de tudo por todo o lado, becos e ruelas entalados entre gigantescas paredes, sobrevoados por passadeiras aéreas que ligam os arranha-céus, onde milhares de pessoas se fazem às suas vidas sem repararem que estão num autêntico filme... Por falar em filmes, o título Blade Runner também me ocorre de vez em quando, aquela noção de cidade multi-nível onde os píncaros de aço e vidro rebrilhante albergando uma população sofisticada contrastam com as profundezas fumegantes onde seres barulhentos andam aos encontrões no meio do labirinto de lojas, tascos, vendas ambulantes...

Bom, é só uma primeira impressão! Vou digerindo as fotos e relendo as notas do meu Moleskine para em breve vos dar mais detalhes...

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