sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

De Chenai com o Velho Testamento

David (pai) e Isaac (filho), são cristãos - nem outra coisa seria de esperar de quem ostenta nomes do Velho Testamento na India de hoje. Pai e filho voaram para Paris via Dubai, e agora partilham o compartimento connosco até Varsóvia - onde mudarão de carruagem, coisas de planeamento de última hora. De Moscovo voarão para Pequim e passado um par de dias um comboio de alta velocidade para Hong Kong, fim da linha e voo de regresso a casa. A família tem feito estas viagens quando podem, mas desta vez a Grace (filha que está a acabar medicina) e a mãe (que se reformou) ficaram em casa, para que a Grace possa acabar os seus exames. E assim se cruzaram duas rotas, tão diferentes e tão parecidas...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Sobre carris e memórias


E cá vamos de novo. Sempre acompanhado das memórias de carris passados. Nestes momentos em que arrasto as malas pela platforma e encontro o nosso comboio, as viagens de infância à Beira Baixa com os meus avós também fazem uma reaparição - nos anos setenta, com a bagagem espalhada por uns 15 sacos de plástico bem atadinhos, a epopeia era comparável à que hoje começo. Na rota para Moscovo conto também senti o cheirinho de viagens para lá da Cortina de Ferro nos anos 80, quando carris parecidos me levaram a Praga. Ou na mesma época, uma épica viagem de Praga a Berlim Leste - e daí passando para Berlim Oeste de ‘metro’... com o calor qie agora faz aqui no compartimento, quem sabe se não me sentirei de novo na Linha do Oeste em pleno Verão, com bons amigos a caminho de São Pedro de Moel! Por enquanto, a realidade enquanto nos arrumamos os quatro na nossa casa dos próximos dois dias: eu, o meu filho, e o David com o filho Isaac, ambos da Índia. Acho qie vão até Moscovo e de lá voam para Hong Kong. Talvez mais há frente entenda o que o Isaac de 18 anos e estudante de Gestão em Chenai procura em Hong Kong. Entretanto o comboio já em marcha e uma voz diz qualquer coisa em Russo, que não faço ideia do que seja.

Et le ciel a tombé dans les têtes...

Foi uma Paris fria e nublada a que o Asteróide encontrou desta vez. Os parisienses, esses, como sempre: caras de poucos amigos e a atropelarem-nos no Metro... Foram poucas horas, mas aqui fica uma famosa torre sem cabeça e outra menos famosa mas que ontem à noite estava linda nas suas vestes douradas.




terça-feira, 25 de dezembro de 2018

A promessa

Esta viagem começou mais de uma década atrás, mais ou menos pela altura em que nasceu o Asteróide. Sem mais me alongar, direi que se trata de uma promessa feita ao meu filho. Que se começa a cumprir neste dia de Natal de 2018, quando eu, os meus trinta e dois quilos de bagagem e o meu filho embarcámos na Gare do Oriente em Lisboa. Destino? Fiquem por aí.