sábado, 15 de dezembro de 2007

Na terra de D. Laurinda


Estranha mistura esta a de Macau, sentimos simultâneamente o aconchego de casa e o exotismo da Ásia. Talvez por viver na Ásia vai para dois anos já não sou tão sensível ao exotismo e portanto os rostos de Macau sorriram-me mais Portugueses do que poderiam parecer... Principalmente o de Laurinda, que dá rosto à foto com que ilustro este post!

A minha passagem por Macau deu-se durante um fim de semana de Novembro, na sequência da visita a Hong Kong em Novembro. Foram apenas dois dias, mas com pouco sono e muito palmilhanço, que terminaram com o regresso a Hong Kong da mesma maneira em que cheguei: embarcado no super-rápido jet-foil que faz a ligação entre as duas Regiões Administrativas Especiais da China. No final tinha as pilhas bem embaixo mas a alma bem alimentada de imagens e de pessoas. Macau preencheu bem as minhas expectativas, com o prazer de ver tanta de Luso num local tão Asiático... Ver a minha Língua um pouco por todo o lado, desde a toponímia dos edifícios e ruas aos nomes das lojas e outros negócios, caminhar sobre calçada portuguesa ou beber uma Sagres ao almoço, empurrando uma espécie de carne de porco à alentejana, soube-me maravilhosamente bem.

Os Macaenses disfarçam bem mas fiquei com a sensação que o número daqueles de etnia chinesa que falam Português são mais do que eu pensaria. Claro que os taxistas não falam nada, nem Português, nem Mandarim, nem Inglês, provávelmente se lhes falaram em Cantonês também não percebem, só para ver se nos levam a dar a volta ao bilhar grande! Bem, vamos às imagens da Macau ensolarada e fresquinha (temperatura pelos 20 e poucos) que conheci em Novembro de 2007. Publiquei dois albuns no Picasa, um com imagens da cidade, outro com as pessoas e aspectos das suas vidas.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Casa!


Estou de volta. Apesar das inúmeras vezes que cheguei a Lisboa vindo de Norte, sobrevoando o rio em Belém, dando a volta ao largo da Costa da Caparica e reentrando na cidade com a ponte 25 de Abril aos meus pés, não me canso... Adoro a minha cidade. Adoro a luz, os cheiros, a familiaridade de tudo o que me rodeia. E adoro os meus com quem volto a estar, a rir, a partilhar este nosso espaço em comum.

Cheguei no dia 28 de Novembro, voando de Singapura para Lisboa via Frankfurt na Lufthansa, junto com dois Anjos da Guarda que muito contribuiram para que eu conseguisse chegar ao meu destino com toda a bagagem... Os meus amigos J. Vespa e A. Branca (acho que estes nomes lhes assentam bem, não sei porquê...), viajando em Executiva (eu raramente o faço apenas porque é contra a minha religião, claro) salvaram-me por duas vezes. Primeiro foi o J. no check in, juntando ao meu sorriso o seu cartão gold da Lufthansa de forma a convencer a senhora ao balcão a não me cobrar excesso de bagagem. Como saí de Singapura com uns maciços 48 Kg de tralha, provávelmente teria que hipotecar de novo a casa de Lisboa para pagar a conta! Mais tarde, já a bordo e esperando que o avião iniciasse a sua viagem, uma hospedeira estava sem eu saber a tentar mandar borda fora dois russos bêbados que foram proíbidos de voar dado o seu estado clínico, juntamente com a minha mala de cabine com 15 Kg de posses valiosas que erradamente alguém pensou pertencerem aos Russos! Eu já tinha mergulhado na música do meu iPod e estava literalmente a Leste quando a A. Branca me apareceu, agarrando a hospedeira que trazia a minha mala por um braço e perguntando-me se aquela era a minha mala. Pois que sim, claro, disse eu, é a minha mala! A hospedeira lá pediu desculpa e arrumou a dita cuja algures perto de mim. Só 12 horas depois, em Frankfurt, é que os meus amigos me disseram que viram a mala passar à frente deles, repararam na etiqueta e placaram a hospedeira antes da minha bagagem ser despejada do voo!

Mas tudo está bem quando acaba bem, o aeroporto da Portela estava sossegado, em Lisboa o sol tem brilhado (que saudades que eu tinha de ver um céu 100% azul!), a comida portuguesa continua excelente, enfim: viva Portugal!