sábado, 15 de dezembro de 2012

Ground 417


Já passei dezenas de vezes pelo aeroporto de Newark mas nunca tinha apanhado o "sky line" de Manhattan tão a jeito a partir da pista como ontem. Bom tempo, céu azul, nada de neve a atrapalhar os voos. E vejam como o novo World Trade Center está tão crescido! Apresento-vos a Freedom Tower ao pôr do sol, a caminho de completar os 417 metros e da inauguração já em 2013.

domingo, 2 de dezembro de 2012

A minha Lisboa



Apresento-vos a minha Lisboa, que nada fica a dever a qualquer das outras paragens sobrevoadas pelo Asteróide. Depois de uma semana em Bolton completamente vazia de experiências interessantes, eis-me compensado por um fim de semana de sol radioso e friozinho qb, a começar no campo e a acabar na cidade. Hoje quase ao pôr do sol, de regresso à cidade, uma inundação de côr desde Santa Apolónia (onde se encostava a composição pachorrenta da foto) até à Praça do Comércio, passagem habitual nas manhãs de trabalho lisboetas a caminho da nascente mas menos conhecida em sentido contrário a um fim de semana.  Um dia destes se tiver tempo trarei aqui ao Asteróide um album das muitas fotos que tenho tirada recentemente na minha. A la Asteróide, comme-il faut, com o carro em andamento...

domingo, 25 de novembro de 2012

Atenas flash




As rotas do Asteróide são normalmente fugazes, tipo estrela cadente. Entra, faz o que tem de fazer, sai, e enquanto sai ou regressa ao aeroporto sempre se tiram umas fotos manhosas pela janela do carro ou do taxi. Foi assim em Atenas esta semana, para não escapar à regra. Pelo menos capturei a Acrópole (ao longe...) e mais uns cromos tremidos: o Templo de Zeus (aquelas colunas paguei-as com a molha a que tive que me submeter para tirar a foto...), o parlamento (mais famoso ultimamente que a Acrópole...), umas fotos enviesadas dos Estádios Olimpícos (o das primeiras olimpíadas modernas de 1896 e o de 2004). E mais umas quantas desfocadas para além de qualquer utilidade. Tudo isto graças à piedade de um colega local, que entre o jantar na pitoresca Kifissia a norte de Atenas e o regresso ao hotel perto do aeroporto fez o favor de dar um salto ao centro aqui com o tuga.

Por ter de percorrer uns cem quilómetros de carro até ao alvo que me levou à Grécia, no dia seguinte ao meu turismo nocturno, ainda deu para usufruir de um pedaço lindíssimo de costa recortada até Corinto. Uma das fotos partilha a vista para o estreito de Salamis, onde uma armada grega em inferioridade derrotou uma frota persa, começando uma reviravolta que acabaria por mandar o invasor Xerxes de volta à Pérsia. Uns 2500 anos antes do Asteróide por lá passar.


Impressões gregas, resumidissimas: a àgua do mar é azul turquesa, o solo é ocre (vistos do ar ao aterrar), Atenas está nova, limpa e bem tratadinha (pelo menos o centro turístico, a pitoresca Kifissia e as auto-estradas novíssimas. Não houve tempo para muito mais. Ah, e não são muito virados para o vinho: quando eu e um colega inglês sugerimos vinho para acompanhar o lauto jantar, veio branco...

Uma curva enganadora

Pacatamente percorrida por carros vagarosos, numa noite recente de um dia de semana no mês de Novembro, ninguém dava por ela. A noite estava primaveril, apesar do adiantado do ano. O Asteróide passava pelo Mónaco, e isto levará alguns a adivinhar que esta curva não é o que parece. Não, de facto. Pelo menos durante o Grande Prémio de Fórmula Um do Mónaco não é uma "pacata" curva percorrida "vagarosamente". Fica aqui a devida vénia à nobre senhora: La Rascasse.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Paris em Novembro




Friozito, sem ser demais. Chuva q.b. Foi assim que se passou um fim de semana prolongado em Paris. Achei a cidade mais turbulenta e um pouco mais suja. E o Metro uma trapalhada (minha rica Londres...). Mas enfim, Paris é sempre Paris e mereceu mais esta visita. Fica um album de fotos para a posteridade e aproveitou-se uma injecção de cultura: quando chove e faz frio bora para os museus...

sábado, 20 de outubro de 2012

Here comes the sun, Kenny Dalglish, let it be...





Foi assim ontem, em Liverpool. Apareceu o sol e eu pela primeira vez vi a cidade que estava no meu imaginário desde a infância.

Liverpool colheu a minha admiração (e imaginação) desde que me lembro, por muitas razões. Penso até que, quando comecei a tomar consciência que havia outros países parta além do nosso cantinho, Liverpool foi a primeira cidade estrangeira da qual soube o nome. Mesmo antes de Tuy ou Badajoz! O Liverpool FC era a minha equipe favorita logo a seguir ao Glorioso. Mais tarde, já nos anos oitenta, ser fã do Liverpool ajudou-me a sublimar o choque de ver o Kenny Dalglish e o Ian Rush a dar baile no Estádio da Luz. E enquanto criança nos anos setenta Liverpool soava (literalmente) a modernidade, graças ao seu imortal lado musical. Até os meus amigos do sexto andar, com as suas guitarras, teclas e albuns dos Genesis, evocavam Liverpool (apesar dos Genesis serem do Surrey...). Na adolescência foi o capitão Hornblower que não me deixou esquecer Liverpool e as suas docas, mesmo quando navegava em agitados oceanos longinquos.

Foram só duas horas, quase todas passadas numa reunião. Mas da janela do carro ainda disparei a fiel Canon aqui e ali. Continuo a não conhecer Liverpool, mas gostei do ar que respirei. Se o sol tivesse aparecido mais ao Dalglish em Liverpool talvez ele se tivesse dedicado mais à música e nos tivesse deixado o SLB em paz... Eu cá apeteceu-me tocar guitarra.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Terras altas



Escócia em Outubro. Traduzindo: frio, chuva e vento. Um brrrr total, mitigado por uns raiozinhos de sol hoje à tarde, suficientes para tirar uma fotos menos desmaiada do Usher em primeiro plano (incontornável "casa da música" aqui do burgo) e do castelo de Edinnburgo lá em cima. Não e consegue aquecer por fora, toca a aquecer por dentro. Nada como o whisky mais desconhecido, pomada fenomenal. Ou o projecto falhad de um whisky projetado para ter sabor a cerveja que acabou... como cerveja com sabor a whisky! A malta da destilaria não esperou o tempo suficiente pela coisa, desatou a emborcar cedo de mais e deu nisto. PS: e não me perguntem porque é que não consigo endireitar as garrafas porque não faço ideia...

domingo, 7 de outubro de 2012

Cinco anos de Asteróide com prenda de Cuba


Faz hoje cinco anos que o Asteróide 330 começou as suas órbitas, a 7 de Outubro de 2007 em Singapura. O mundo mudou desde então, e não propriamente para melhor. Esqueçamos isso (tristezas não pagam dívidas, infelizmente...) e comemoremos. Para os seguidores mais fieis como para os ocasionais, deixo como prenda comemorativa uma viagem fotográfica no tempo e no espaço. Mais propriamente quinze anos no passado, dez anos antes de o Asteróide ter nascido. Foram 265 horas e 45 minutos em Cuba entre Julho e Agosto de 1997, dando 24 boleias e cruzando-me com 78 personagens. Calcorrearam-se mais de dois mil quilómetros, 1800 conduzindo, 300 de autocarro e, no final, 3 km... caindo do céu. Ficam aqui as 277 fotos legendadas, com os cumprimentos do Asteróide.

sábado, 29 de setembro de 2012

Horizonte longínquo

Confesso que gramo os horizontes americanos... O Asteróide deu um pulinho a Raleigh, bonita terra. E desta vez conseguiu alugar um carro de jeito no aeroporto. O que aqui chamam um "mid size", que no meu caso deu num VW Passat... A 22 dólares por dia!

Só faltaram os passarinhos...

O aeroporto de Charlotte (na Carolina do Norte) é bem agradável. Por lá fiz escala ontem, entre Dallas e Raleigh. Além das cadeiras de baloiço sob as árvorezinhas também proporcionam wifi de borla, que me permitiu partilhar o momento no Facebook. Com um dia de atraso chega agora ao Asteróide, para que este não deixe de registar todas as paragens da sua rota.

Alma precisa-se

A foto, tirada no aer
oporto de Dallas Fort-Worth ontem, anuncia o fim do capitalismo material. Fabricar algo e vendê-lo sem nenhuma "alma" associada (por "alma" quero dizer, por exemplo, a emoção associada aos iphone e ipad) é algo cujo preço converge para zero. Câmeras fotográficas, telemóveis e todo os tipos de gadgets electrónicos podem ser sacados desta "vending machine" da mesma maneira que uma coca-cola ou uma barra de chocolate e quase ao mesmo preço... Bom, na verdade nem olhei bem para os preços. Mas sem dúvida que quem vende algo fabricado tem de lhe associar uma "alma" se não quiser ser esmagado pela eficiência dos mercados... Pelo menos na América.

domingo, 23 de setembro de 2012

Concorde forever!

Nem tudo foi mau em Heathrow ontem. A minha fiel Canon apanhou um passarão que julgava extinto: o Concorde ainda vive!

Heathrow sem emenda

Este Sábado de manhã eu já estava amuado por ter perdido a ligação em Londres. A culpa foi da Qantas e do seu A380 que já vinha atrasado de Melbourne quando o apanhei em Singapura. Mas o resultado foi ter de gramar dose dupla de segurança em Heathrow, primeiro no Terminal 3 onde era suposto apanhar um voo BA às sete da manhã para Lisboa, depois no Terminal 1 para onde me recambiaram para apanhar um voo da TAP para o mesmo percurso. Cheguei à Portela passava das três da tarde...

A foto reflecte o admirável sentido de humor dos britânicos, em particular o dos sádicos que trabalham em Heathrow. Uma data de viajantes frequentes ou milionários impacientes estavam como eu na fila do Fast Track, a linha prioritária para passar a segurança. Ter acesso a essa fila, para além de massajar o ego, é suposto fazer-nos passar a provação muito mais rápidamente do que os comuns mortais. Mas desta vez os comuns mortais, apesar de muito mais numerosos, fluiam rapidamente pelas quatro filas acessíveis para passar os raios X enquanto que nós, os tansos na Fast Track, penávamos numa fila única, acabando por demorar mais tempo para passar a inspecção do que os desabençoados. O climax foi quando abriram mais uma fila para o público em geral, fazendo a malta da Fast Track uivar de indignação! A foto foi a cereja no topo do bolo: não faço ideia do que na realidade queriam dizer, mas parece que estavam a gozar o pagode...

O circo está de volta

 
Na sexta-feira deixei para trás a Malásia e regressei a Singapura, onde passado uma horas apanhei o meu voo de regresso a casa. Já a caminho do aeroporto a Fórmula 1 estava por todo o lado, desde o trânsito condicionado aos jornais e placards. Fica a foto tirada a caminho já de Changi, que me lembrou que passou um ano desde a corrida do ano passado. Este ano não tive tempo de entrar em órbita nem de fazer figura de tolo...

Terras do sultão que nos tramou



De Singapura para a Malásia é um pulinho, à distância de um cacilheiro ou de uma travessia de uma ponte (há duas disponíveis). Deve-se evitar a fronteira no sentido Malásia - Singapura todas as manhãs quando uma horda de trabalhadores nas suas zundapps V50 (as motos serão de todas as marcas e maioritariamente japonesas, só uso o termo zundapp como analogia para o leitor português...) inunda a cidade-estado vinda de Johor Bahru, a cidade siamesa de Singapura do outro lado da fronteira. Vão trabalhar nos estaleiros, na construção civil e em todas as outras frentes de labuta onde nenhum singapurense está disponível para batalhar e para as quais se necessita qualificação para lá da que se encontra na força de trabalho chinesa, indiana, nepalesa ou bangladeshi que se importou e mantém armazenada nos dormitórios das imediações dos estaleiros. As motos parecem um tsunami e espalham-se pelas impecáveis autoestradas de Singapura como uma instantânea enxurrada. O incauto turista ou viajante de negócios também deve evitar a mesma fronteira no sentido oposto ao final do dia, onde a maré de força laboral se esvazia em sentido oposto. Os picos das marés dão-se às segundas-feiras de manhã para entrar em Singapura e nas sextas-feiras à noite para sair, pois há quem fique na cidade-rica durante a semana.

Para além da maré laboral montada em motos, temos outras horas de ponta a evitar. Para quem entra na Malásia de carro, como eu na semana que acabou , exige-se evitar as sextas feiras não só pelas motos mas também, e principalmente, pelos carros. Refiro-me aos série 7 (uma espécie de carro do povo em Singapura), Ferraris, Maseratis, Mercedes ou qualquer outro de pinta luxuosa que atravessam a fronteira direitos a destinos de fim de semana, sejam eles praia, campo ou cidade. Muitos deles vão pelo gozo de acelerar as máquinas para lá dos 250 Km/h na autoestrada de 400 km que une Johor a Kuala Lumpur. Por vezes unem-se em matilhas monomarca e não se preocupam se tiverem que untar as mãos a um polícia malaio. O que é isso comparado com o que lhes aconteceria em Singapura! Cordeirinhos em Singapura, transformam-se em lobos assim que cruzam a "causeway"... Claro que nos Domingos à noite as matilhas de alta cilindrada regressam e a fronteira volta a ser uma passagem a evitar.

Johor Bahru, a grande cidade do estado de Johor, não terá melhorado em estado de espírito desde há quatrocentos anos atrás. Sim, Johor foi o sultanato que nos tramou quando se aliou com os holandeses para nos correrem de Malaca e a sua maior cidade é hoje uma "sin city" muçulmana, coisa bárbara de se ver. Corrompida pela riqueza de Singapura ao mesmo tempo que tenta mostrar uma imagem moderna perante o brilho da cidade siamesa (mas tudo menos idêntica...). Aos arranha céus que também ostenta e às vias rápidas labirínticas soma agora a Zon, uma espécie de Docas duty-free com hotéis aceitáveis num "water-front" com restaurantes, bares manhosos e jovens malaias de mini-saia. No entanto tudo tem uma patine desgastada, pouco sofisticada e conservadora que a faz parecer uma caricatura má de Singapura. O meu hotel em Johor Bahru talvez tenha sido de cinco estrelas há muitos anos, com quartos enormes e todo o equipamento e funcionalidades... dos anos oitenta, depois de se avariarem ao longo dos anos e estarem sebentas pelo uso.

Ficam as fotos, não da cidade corrompida (Johor Bahru é a cidade com os mais elevados índices de crime na Malásia) mas sim das suas margens com vista para Singapura, onde o verdadeiro espírito original do local ainda se pode ver nas redes dos pescadores, aparentemente desapercebidos do cimento decadente que cresceu ali ao lado.

sábado, 15 de setembro de 2012

No topo da Lyon City

Ainda não há muito tempo partilhei com vocês imagens e impressões do fantástico Marina Bay Sands, casino e hotel que com as suas três torres unidas no topo pelo Sky Park se transformaram num edifício único do mundo e no novo ex-libris de Singapura. Foi inaugurado em 2010. Mas em Singapura o que é fantástico hoje é ultrapassado amanhã. Não em glamour ou "neck-breaking", o Sands continua único. Mas não já não é o topo... Fica aqui a constatação, ilustrada pela foto manhosa que tirei com o Blackberry no bar no topo do 1-Altitude. Nunca pensei olhar para baixo e ver as torres do Sands!

Com o fogo não se brinca

A frase em título ilustra bem o cuidado extremo com que o governo de Singapura trata as questões religiosas. Com pinças: equilíbrio entre todas as práticas religiosas (bem, pelo menos entre as monoteístas "mainstream"). A começar pelos feriados, budistas, cristãos, muçulmanos e hindus (dois para cada, sendo Natal e a Páscoa os do lado cristão). E a acabar nos quartos de hotel... Só me espantou não encontrar o Corão junto com os outros na mesa de cabeceira. Deve haver alguma razão, talvez não seja de bom tom em hoteis, e não se pode brincar com o Corão senão aparece logo uma turba a queimar-nos embaixadas em qualquer lado. E o que era um post alegre e respeitoso entristeceu um pouco, ao lembrar que uma das práticas religiosas potencialmente mais belas está no presente a ser corrompida por extremistas e a ser pasto da pobreza que grassa em muito dos países onde o islão é maioritário. Faço votos que um dia possa encontrar o Corão também na minha mesa de cabeceira. Se isso não for pecado.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Subitamente, entre um bolo de arroz e um brownie...

...apareceram-me estes pastéis de nata. Está cumprido o desejo do nosso Álvaro, internacionalizámos os ditos! O negócio do pastel de nata singra pela mão do Cafe Nero, pelo menos no aeroporto de Manchester. Inglaterra hoje, o mundo amanhã! Infelizmente, penso que o nome da nação se espalha graças à habilidade dos ingleses em cuscar a receita no Google e não pelas artes exportadoras de Portugal... Pela via das dúvidas escolhi o brownie.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Uma manhã decente

É bom despertar assim, antes de ir para o trabalho, como fiz esta semana. Em vez de rumar ao aeroporto, vegetar em hoteis ou jantar em stress a falar linguas estranhas em lugares remotos... Talvez para a semana me dê o nervoso miudinho, mas as raríssimas semanas em que o Asteróide não entra orbita sabem muito bem, principalmente no Verão. A rega liga, os cães festejam os donos que saem da toca, eu mergulho e o sol brilha. Um autêntico concerto!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A banhos

Nas férias o asteróide descansa... Fica esta imagem das Espanhas, para as bandas de Punta Umbria, na fronteira com o Parque Natural de Doñana. O melhor é que vim para aqui de carro! Até breve

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Takkadinho!

O meu estado? Furioso, como a senhora da foto que tirei esta manhã a caminho do aeroporto de Oslo. Cinco horas, o atraso do voo da TAP... Takk para a TAP! Porra para os gajos, nem um sms, um email mandam a um gajo. Em vez de passar o dia no aeroporto podia ter ficado em Oslo mais umas horas. Agora estou para aqui no lounge da SAS, sem saber se me hei-de enfrascar com o Cuvée 'Jean-Paul', um 'rouge' franciú de 2011 ou um também jovem 'Punto Niño' um Pinot Noir Reserva 2011 do Chile. Fonix prá crise!

Já agora, Takk é sarcasmo... Takk é obrigado em nórdico... O que quero dizer à TAP é 'obrigadinho' por tomarem conta dos clientes frequentes, que voam todas as semanas com v.exas. e a quem não se dignam a comunicar os atrasos. Da British ou da Air France recebo emails, sms, ou o que for para me manter ao corrente, fazerem-me o check-in, mudarem-me a fralda se for preciso. A porra da TAP nada. Nem respondem às reclamações. Nem sabem de nada quando se liga para eles, como há pouco. O que me enfurece mais é que gosto de voar TAP. Sinto-me em casa. E falham naquilo que custaria menos fazer, um pouco de atenção evitaria (com custo muito baixo) que os clientes se passassem! Por vezes basta um idiota nas organizações para estragar tudo, e quem toma conta do Programa Victoria e da fidelização e tratamento dos clientes deve andar a dormir ou a fumar alguma coisa ilegal...

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Dez graus?!

Grumpf... Estou de manga curta pá! Raios partam o São Pedro, ou o Odin, ou lá quem manda lá no Norte para onde vou hoje. Até já.

terça-feira, 24 de julho de 2012

O perfume dos Três Reis Magos à sombra da catedral num dia de Verão romano

Finalmente o Verão chegou à Europa. E não me refiro à "jangada de pedra", o cantinho ibérico onde mais coisa menos coisa é sempre Verão, até no Inverno... Estou a falar da Europa quase-Central, mais propriamente a Colónia na Alemanha por onde passeei ontem sob um fim de tarde com 28C e sol a rodos. Até poucos dias atrás chovia e fazia frio, como na Noruega, França ou (claro...) Inglaterra por onde tenho andado desde Junho. Mas eis que o São Pedro se lembrou deste sítio, muito oportunamente diria eu.

A catedral de Colónia, o mais afamado ex-libris do burgo, continua gigantesca e imponente como sempre, tal como recordava de uma anterior visita muitos anos atrás. Desta vez tive tempo de calcorrear os arredores, metendo pela Minoriten Strasse em direção à cosmopolita Breite, uma via essencialmente pedonal cheia de comércio. Depois à esquerda pela Zeppelin Strasse, até à Neu-Markt, centro de onde irradiam as principais artérias de comércio. Retornando para Leste pela Schilder até à Hohe Strass e acompanhando esta de volta à catedral, mais não fiz do que pisar o que antigamente era a principal via romana desta cidade milenar. Para rematar, uns minutos à beira do Reno, ali mesmo por trás da catedral. Eu e mais uma multidão, espojando-se na relva ou coalhando as inúmeras esplanadas.

O título? Bem, o título resume a cidade: é mesmo aqui que os ossos dos três Reis Magos (ou pelo menos tidos como tal há mais de mil anos quando trouxeram tais relíquias de Milão) repousam, à sombra da catedral onde são guardados, num relicário preciosíssimo. As origens romanas da cidade e o facto de aqui se ter inventado a N.4711 (aka àgua-de-colónia, obviamente...) compõe o ramalhete. Deixo de lado a quinta associação mais habitual a Colónia (a sua destruição pelos bombardeamentos aliados de 1945), por ser triste. E o facto de o Petit do Benfica ter vindo jogar para o clube local (porque não cabe no título...). E pronto, estão vossas excelências servidos de mais uma lição expresso de turismo de aviário! Se quiserem saber mais, Google nisso... Ou comprem um guia de bolso como eu...

PS: em vez de uma foto da catedral vai esta da casa mãe do 4711. A catedral não cabe toda na foto e ainda não percebi como postar mais de uma foto no blog usando o email do iPad...

domingo, 22 de julho de 2012

O Shire


Passar esta semana passada à chuva em Bolton foi pouco surpreendente. O que foi uma surpresa foi descobrir que, passados uns meros dez minutos de condução a partir do meu hotel no centro, chegamos ao Shire. Bem, neste caso é o Lancashire, mas tive a sensação que a qualquer momento poderia ver um hobbit a saltar detrás de uma colina verde... Apesar da chuva e do lusco-fusco das nove da noite, percebi que o Reino de Sua Majestade não pode ser só uma fonte de anedotas meteorológicas. Fica esta vénia de um viciado do Tolkien aos verdes campos da Velha Albion, com os seus mémés, as suas pedras antigas e as carripanas do leiteiro a passar ao longe...

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Up in the air

Sem dúvida que o George Clooney tem muito melhor aspecto que eu. Mas não sei se tem mais milhas... Refiro-me à personagem do filme em título. Que seguramente não regressava com tanta alegria, milhas à parte. Não é uma alegria que irrompa como suspiro de alívio, de todo, porque gosto de fazer o que faço e o que faço espalha-se por muito sítio. Torna-se até num vício.... Não é por me cansar de voar.É bom regressar, isso sim, por quem me espera. Regressei centenas de vezes, e não me canso. Muitas dezenas de vezes por ano olho pela janela como agora e fico feliz por voltar aos meus.

Tráfico

Em Ciudad del Carmen o combate ao tráfico é incansável. Eu como viajo leve não me preocupei, mas o resto da malta teve de ver o sabujo da foto a cheirar as malas antes de as colher do lado de cá do vidro. Pode ter sido impressão minha, mas acho que a dada altura vi o rafeiro alçar a pata para se aliviar...

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O meu primeiro vulcão

Na realidade o título correcto seria 'o meu primeiro vulcão activo', pois outros ouve por onde passei (no pico do Pico até dormi ao relento...) enquanto dormiam a sono solto. Mas um vulcão adormecido é só uma montanha, uma majestade destas em preparos como o da foto é outra coisa completamente diferente.

Apresento-vos portanto Sua Majestade Popocatépetl. Fotografei Sua Majestade ontem. Não é propriamente o tipo de companhia esfumaçante que se pretenda ter a umas dezenas de quilómetros de uma mega cidade. Mas a Cidade do México, que acabara de deixar ontem de manhã para voar aqui para a Ciudad de Carmen, tem mesmo de se conformar. O Popocatépetl voltou a acordar e acho que nem reparou nos milhões de minúsculos humanos que se afanam nas imediações...

domingo, 1 de julho de 2012

O que cresce naqueles campos...

Oslo desta vez foi uma maçada. O magnífico Flytoget, o comboio rápido que me liga num instante do aeroporto à cidade, com wif-fi e tudo, fechou para obras. Até 6 de Agosto a malta tem de apanhar o autocarro. Ainda por cima não me deixou onde queria, na estação do National Theater de onde a pé sempre consigo rolar com o meu trolley até um dos meus hoteis habituais.

No entanto nem tudo foi mau: com o autocarro as vistas são melhores (embora o reflexo do vidro dê cabo das fotos à mesma...). Foi assim que descobri que os Noruegueses se dedicam agora a um novo tipo de agricultura... Palavra!

O espírito da paz

Nada como Oslo para ser tocado pelo espírito da paz. O momento já era propício. Na terça-feira da semana que passou deambulava pelas "docas" de Oslo, a Aker Brygge, enquanto esperava por uns colegas para jantar. Como sempre os bares e restaurantes estavam cheios. Claro, é Verão, o sol da meia noite, o "calor", dirão vocês. Mas garanto-vos que já estive por aqui em todas as estações, e no Inverno está à pinha também, mesmo com treze abaixo de zero! E a malta foi de bicicleta. nessa noite..

Mas voltemos ao espírito. Tinha acabado de fotografar o Noble Peace Center, no extremo da Aker Brygge e quando me chego à beira do cais vejo, muito apropriadamente, o Navio da Paz. O dito paquete é a forma assumida por uma ONG japosesa que se dedica a promover a paz pelo mundo, navegando contra os canhões um pouco por todo o mundo. Fiquei nesse momento com a certeza que os seus esforços estão a resultar, pois no momento que me preparava para o fotografar eis que surge um magnífico arco-íris, abençoando o Peace Boat e aqui o fotógrafo. Reparem, reparem do lado direito: é mesmo um arco-íris, daqueles que sempre desaparecem antes de serem fotografados! Senti-me tocado, de facto... Mas eram os meus colegas, finalmente chegados ao ponto de encontro. Cheios de sede!

Um quarto para as dez da noite



Estava frio pois, um ventinho com sabor a Novembro... No entanto mais Verão não podia ser. Estava em Stavanger, na Noruega, na passada segunda-feira. Pouco depois do solstício de Verão portanto. Após jantar junto ao porto, à beira de uma enseada iluminada pelo sol das um quarto para as dez da noite, os dez graus de temperatura pareceram um preço aceitável para pagar pelas fotos que partilho. Desde a ave peralta até aos frequentadores dos bares e restaurantes, passando pelo Tuga que vos escreve, ninguém ficou sem sorrir perante o solinho que fazia...