quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Um quarto com uma vista: Rio de Janeiro, seis da manhã


Depois de ler o post anterior alguém se preocupou que eu estivesse a ficar com os pés frios, abandonadas as paragens exóticas da Ásia (pelo menos não tão visitadas). Não se preocupem, já estou a aquecê-los de novo, desta vez para Oeste, na "Cidade Maravilhosa". Fiquem por enquanto com esta vista do meu quarto, na Barra da Tijuca, tirada há pouco. Uma "Glorious Morning" como deve de ser, em que antes de tomar o pequeno almoço pelas 7.30 já vi e enviei emails e dei dois mergulhos na praia do Pepê... Até breve!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A glorious morning


No seu início, nada neste dia de 18 de Fevereiro de 2008 deixava adivinhar a foto que aqui apresento. O dia começara às 5 da manhã em Lisboa, com a cidade sob um dilúvio apocalíptico e eu de sapatos na mão, descalço e com água pelos joelhos para conseguir alcançar o meu carro, na garagem inundada do meu prédio. No par de quilómetros até ao aeroporto vi o caos que se formava, com carros bloqueados por grandes lençóis de água aqui e ali. No entanto, umas horas depois, estava no quentinho de um táxi londrino a fotografar esta imagem solarenga do Big Ben em Londres. Os bifes passavam sorridentes nas ruas, até os condutores dos carros a passo de caracol na M4 pareciam descontraídos e afáveis. Enfim, quando regressei a Lisboa, ao fim do mesmo dia, pensava como é sensato refrear a confiança em estereótipos... Este post é dedicado aos meus amigos que vivem ou já viveram em Londres. Para os primeiros é uma mensagem de esperança: nem sempre Londres é cinzenta, escura e molhada, e nem sempre o regresso à Pátria resolve a falta de sol! Cliquem aqui para verem mais fotos de sol Londrino.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Bienvenidos a Houston, Texas!


Estou siderado: os Estados Unidos da América são, hoje, um país completamente bilingue (inglês e espanhol). Escrevo-lhes de Houston, de onde daqui a poucas horas voltarei a embarcar de volta a Newark e daí para Lisboa. Foi uma visita relâmpago: saí de Lisboa Domingo e depois de muitas peripécias consegui ter ontem em Houston a reunião de uma hora e meia para a qual me desloquei ao Oeste. Como tal não tive tempo para fazer de turista, mas foi o suficiente para me aperceber que o espanhol se ouve na rua, no hotel, no aeroporto tanto ou mais do que o inglês e que todas (mas TODAS) as indicações que vejo, desde o aeroporto de Newark até às vias rápidas de Houston no Texas surgem dobradas, em espanhol e em inglês. Até a vida selvagem, neste caso os abutres dos advogados, se faz anunciar em Espanhol, como se pode ver na foto tirada em Houston.
Á parte o omnipresente espanhol (a pressão demográfica é de facto algo esmagador, só na cidade de Houston, 4 milhões de habitantes, estima-se que vivam 400,000 imigrantes Mexicanos ilegais...) e a confirmação dos hábitos necrofágicos dos abutres, pouco mais recolhi neste pulo-vou-num-pé-venho-noutro. Tenho umas fotos dos arranha céus de “down town Houston” (tiradas da “highway”), umas fotos dos principais monumentos do Texas, ou seja, as refinarias a perder de vista (tiradas da “highway”...) e também um sortido de semáforos, cartazes orientativos, camiões titânicos e pick-ups gigantes com condutores gordos: tudo tirado na “highway”! Talvez ponha o album no Picasa um dia destes, o mundo real também é feio e monótono de vez em quando... (nota posterior: já podem espreitar algumas fotos no Picasa)
Ah, ia-me esquecendo: abaixo a TAP! O voo Lisboa-Newark foi cancelado, embarquei com duas horas de atraso no voo seguinte, um avião raptado no Porto (era para ter ido directo e teve de apanhar as sobras de Lisboa...), perdi mais uma hora na pista da Portela encolhido no assento enquando arranjavam uma avaria na porta do porão, finalmente chegado a Newark já tinha perdido a ligação da Continental para Houston mas ia a tempo de apanhar o último voo do dia ainda disponível, não, seria bom demais, era um avião da TAP, amocha aí, mais uma hora parados na pista, desta vez em Newark, até nos darem uma porta para desembarcar... De cortar a respiraçã, hem? Tudo isto foi péssimo, não acham? Ainda não viram nada... Eu e a minha dor de costas já espumava quando os serviços da TAP em Newark me informaram que eu tinha mesmo acabado de perder o último voo para Houston, devido ao atraso no desembarque... Despejaram-me num hotel ranhoso no aeroporto, onde dormi 3 horas para apanhar o voo das 5:30 que a TAP me reservara. Reservara? Nãããooo, claro que o código de reserva que eu tinha no papel que a TAP me dera não era válida, a menina da Continental não me podia pôr no dito voo, nem no seguinte que também estava cheio, só no das 8:50 que já chegava tarde para a minha reunião em Houston! Inenarrável... Bem acabei por ter a sorte de, em lista de espera, conseguir arranjar um lugar no das 5:30, devido à desistência de outros passageiros. Agora ala, vou para o aeroporto de novo, até me arrepio a pensar que aventuras me esperam agora no regresso! Até breve.

O mico da Sentosa



Já vos tinha falado (quando vos apresentei o Louro de Bukit Timah) sobre a relativa riqueza da vida selvagem de Singapura, tendo em conta que é um território essencialmente urbano. Esta é uma oportunidade de mostrar mais um cromo. A foto tirei-a em Sentosa, a ilha que faz de Costa da Caparica para os singapureanos. Estava numa das praias, neste caso a Tanjong Beach, no único dia de Janeiro passado em que me permiti ir a banhos. Claro que entretanto, regressado ao frio de Lisboa no Inverno, já estou com saudades do calor... De qualquer forma escrevo este post não para falar de praia mas sim para expor mais um troféu na minha colecção de vida selvagem. O mico que aparece na foto (na realidade não é um mico, é maior) visitou a praia e estava nesta altura a fugir pelos telhados do bar que abastece os banhistas. Entretanto, através de uma notícia no Straits Times, fiquei a saber que em Singapura também há pangolins, um exemplar dos quais foi visto e fotografado em cima de uma árvore na cidade à vista de todos. Para quem não sabe, o pangolim é um bicho esquisito, assim a modos que um papa formigas escamudo com uma costela de preguiça. Até eu fiquei espantado com a sua existência naquelas bandas!
Já agora um aparte para os meus amigos de Singapura: na foto do macaco podem ver, mais à esquerda, o que parece ser uma camera de vigilância video. Será? Alguém que passe na Tanjong Beach nos próximos tempos poderá tentar verificar antes de fazer figuras indecentes na praia... ;-)