sábado, 24 de dezembro de 2011

Bong Natal e Bong Anu Nobu!

Nem esta foto nem a frase do título são uma premiére aqui no Asteróide. Mas como se adequam à quadra, achei por bem repetir a imagem do post de Outubro de 2007, versando sobre uma viagem rodoviária a Malaca em Março desse ano. Fica para a posteridade esta prova de que há 500 anos os nossos desempregados já iam para longe arranjar emprego. Com o Korsang cheu di saudadi...

Boas Festas!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Casa! Férias!

Esta vai sem mais comentários, ainda a bordo do pássaro acabado de aterrar...

domingo, 18 de dezembro de 2011

Urinando envergonhadamente na terra dos vikings

A minha tara por sinalética de casas de banho públicas é conhecida. Pelo menos para quem visita o Asteróide com assiduidade. Quem acompanha estas órbitas há tempo suficiente até se lembrará do momento e local que deu origem à tara: Setembro de 2006 na ilha do Bornéu, acreditem ou não. Mais propriamente em Bintulu, estado de Sarawak (a terra do Sandokan), onde por leitura equivocada da sinalética me expus a ser decapitado em pleno Ramadão, por ofensa ao islamismo... Desde essa altura apanham-me com frequência a contemplar os signos à entrada do wc ou, pior, a tirar fotos dos mesmos. Fico aliviado quando as indicações são suficientemente claras, como na Noruega o ano passado, ou preocupado quando as imagens são mais dúbias, como no Outono Brasileiro do Rio Grande este ano.

Em todo o lado nos podemos divertir com o que se vê à entrada da casa de banho, mas na Noruega são especialmente bons a fornecer ideias originais. A foto acima, tirada num restaurante em Kristiansand, enfeitava uma porta. Por trás da porta, conforme esperado, estavam os urinóis espetados numa parede. A singularidade da coisa estava no factop de ser um wc unisexo... Na realidade a parede dos urinóis era aberta em cima e do lado oposto da porta, para que depois da função pudessemos transitar para o lado de lá da parede. O outro lado era onde as meninas faziam xixi, por trás das suas portas fechadas, claro, mas partilhando o mesmo espaço para lavar as mãos. É a teoria do "open space" aplicado aos wc públicos...

Depois do restaurante, e na mesma noite desta semana, passei a um bar próximo. Aí fiquei esmagado pela ditadura de género que reina na Noruega. Senti-me como um pequeno zangão submetido pelas valquírias nórdicas numa colmeia feita para elas, ao chegar ao wc da cave e me deparar com as portas brancas ilustradas no foto. Para além das quatro portas à vista, havia mais três ao meu lado esquerdo. Todas dizendo "Wo/men". Excepto uma que dizia "Standing"... Na nórdica valkiriaditaktorun as colmeias que fazem as vezes de WC são desenhadas para as especiais necessidades das damas. Ou seja: a) com abundantes assentos para as necessidades especiais das mesmas; b) com apenas um canto para os zangões; c) as damas que eventualmente queiram tentar a habilidade de fazer xixi de pé também podem ir ao "Standing" levantar a saia e tentar a sorte; d) ao enganosamente colar "Wo / Men" nas suas portas (os machos Latinos lêem algo como "Quem é Homem?"), as valkirias mestras tentam atrair  para os seus tugúrios alguns zangões mais distraídos e com vontade de se sentarem. Mas não a mim, ao je não enganam, nã... Lá fui fazer a minha coisa firme e hirto por trás do "Standing", tirei a foto da praxe à socapa e pirei-me da colmeia a sete pés, antes que a valkiria-rainha aparecesse por alí...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O cúmulo da mobilidade é...

Estar em Oslo, no lounge da Scandinavian Airlines, e sentir que estou na minha sala, no meu escritório, tão bom ou melhor que qualquer outro dos muitos locais onde abanco. Mas com melhor internet (e gratuita...). Lareira. E oferta de bebida e comida à descrição... Acho que estou desenraizado de vez.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Nem com o Sherlock foram lá...

Ontem andei a fazer de turista no andar de cima de um autocarro muito londrino, vermelho e tudo. E descapotável também, muito a propósito para a função. Vá lá que estava sol, embora friozinho... Foi assim que esta foto me entrou pela velhinha Canon adentro, zap, de repente e mesmo a rimar com a semana que passou. Desta vez nada é elementar na mudança que se propõe para o euro, pelo menos aos olhos dos ilhéus aqui deste lado da Mancha.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Londres ao sol

De volta a um dos meus sítios preferidos. E excepcionalmente sem ter de trabalhar! Deixei o trabalho em Bolton (brrr...) ontem de manhã e só volto a bulir segunda-feira a caminho da Noruega. Por enquanto, e depois do Harrods e de um cheirinho do Soho ontem, passeatas e teatro mais logo. Viva Londres sem trabalho!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

De novo a caminho

Mais uma órbita, partindo da Portela...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

É bom estar em casa


Para vocês estas fotos serão talvez do mais banal que já passou por aqui. Engano. Na perspectiva do Asteróide estas fotos apressadas, tiradas com o telemóvel num par de ocasiões nas últimas duas semanas, reflectem momentos raros e deliciosos. Conduzindo em Lisboa, ou passando sobre a ponte 25 de Abril. Para ser mais preciso: a rolar na ponte de Norte para Sul, não a voar por cima dela de Sudoeste para Nordeste como normalmente acontece numa semana normal, pouco antes de aterrar na Portela quando regresso de qualquer lado...

Adoro Lisboa e tenho saudades...

sábado, 12 de novembro de 2011

Na terra do Astérix



Esta semana o Asteróide aterrou em França e dedicou-se a testar as "autoroutes" do Sul do país. Apesar das fotos luminosas, não se iludam: na maior parte do caminho entre o Mónaco (já perto de Itália) e Pau (por cima dos Pirinéus, pertinho da costa oeste francesa) choveu e trovejou, mais de metade dos 760 Km que me calharam em sorte ao volante do traste do Ford Focus que me impingiram. Mas não deixou de ter as suas compensações, desde a vista do quarto no Mónaco (a marina de Cap d'Ail, que tecnicamente ainda é território Francês) até à aldeia do Astérix perto de Toulouse, passando pelas soberbas cores outonais na zona de Pau. Com os nevados Pirinéus ali ao lado. Há quem tenha semanas piores...

domingo, 23 de outubro de 2011

O fim do Verão

A imagem capturou o momento: sexta-feira 21 de Outubro às seis e meia da tarde. Foi para mim o instante em que este Verão acabou. Tinha acabado de dar o último mergulho do ano na piscina e o sol punha-se (às seis e meia!). A água estava mais fria do que o desejável e com mais folhas do que eu gostaria. E a previsão concretizou-se no fim de semana com chuva a rodos como se vê, agora que é Domingo e nos preparamos para uma segunda-feira chuvosa de Outono. Não será agradável mas é natural, se pensarmos que Novembro já bate à porta... Pelo menos estou em terra e não em órbita!

domingo, 16 de outubro de 2011

Convertidos a Baco

Com este post ponho finalmente a escrita em dia. Refere-se à passagem por Aberdeen em Agosto, quando constatei que o que eu pensava ser uma excepção afinal é a regra. Refiro-me à decadente tendência dos escoceses em transformar igrejas em bares...

A última vez que tinha passado por Aberdeen, em Novembro do ano passado, tinha descoberto o que pensava ser uma curiosidade pitoresca: o bar Soul, que ocupava o que em tempos havia sido uma igreja em plena Union Street, a rua principal da cidade. Desta vez as poucas horas que tive disponíveis ao fim da tarde puderam ser usadas para um passeio, pois em Agosto anoitece bastante tarde nestas latitudes elevadas. Desci a Chapel Street (a toponímia parece querer compensar a malvadez que fazem às igrejas...), onde o meu hotel ficava, virei à esquerda para nordeste na Union Street e não parei até virar à esquerda de novo na mui recomendada Belmont Street. Nesta rua encontra-se um bom número de tascos, pubs e bares, a começar pelo Slains Castle (cujo edifício estranhamente já dá areas de igreja...) e a acabar no priorado da foto. Que já não é priorado, claro está, mas sim Priorado de sua graça, nome de bar. De igreja do prior já não tem nada, transformado que está num local de copofonia. Não entrei mas posso assegurar-vos que não foi a última ex-igreja que vi assim metamorfoseada em Aberdeen. Pelos vistos os escoceses converteram-se a Baco...

Glória Gomes

O lado obsessivo do Asteróide obriga-o a fazer uns flash-backs, neste caso de umas semanas para trás, para não deixar nenhuma escala dos seus périplos por assinalar. Daí não ser de estranhar a foto que vos apresento, que muitos de vós já terão reconhecido: Londres, a ser sobrevoada algures em Agosto. Por lá pernotei um par de noites, antes e depois da ida à Escócia vai para mais de mês e meio. A missão incluiu dois jantares com interlocutores diferentes, em anódinos hoteis de arredores da grande cidade. E é aqui que o título começa a fazer sentido: refere-se à empregada que me serviu num desses jantares. Estava eu a escolher o vinho quando ao pedir conselho à moça vejo o crachá com que se identificava na lapela: "Glória Gomes". Boa! Comecei imediatamente a dirigir-me à senhora em português, intrigado com um par de vinhos Tugas que surgiam no cardápio e dos quais nunca ouvira falar.

Mas fiquei a saber o mesmo. A Glória não só não sabia nada de vinhos portugueses, como não sabia falar português de todo! Nem ela nem muitas gerações anteriores da sua família, suponho... Sabem, é que a Glória era do Bangladesh e nem sabia porque é que tinha aquele nome. Já lhe tinham falado dos portugueses, mas provavelmente pensava tratar-se dos primos de Malaca...

Deste post poderão tirar-se conclusões profundas sobre o impacto que o nosso Portugal teve no mundo. Temos de facto uma história maravilhosa, uma saga que merece ser lembrada quando temos estes vislumbres do impacte global das nossas aventuras.  Devemos orgulharmo-nos. Mas depois da devida vénia e emoção, arregacemos as mangas, reconheçamos que a porra da história não nos ajuda a pagar o défice e centremo-nos no muito de mau que temos feito (ou que deixámos que nos fizessem). Devidamente cientes do nosso lado negro, pensemos mas é no que podemos fazer para reconquistar o controle de uma democracia tomada de assalto por caciques, esquerdas inúteis e direitas liberalóides, grupos de interesse corruptores, parasitas da partidocracia e um sistema judiciário inútil que nos arrasta para o buraco. Pensem para aí que eu vou fazer o mesmo...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O vodka como instrumento geopolítico no Vietname

Algures no Vietname, ao quinto vodka: canta-se em Chinês.
Ao décimo segundo vodka, no mesmo jantar em Vung Tau onde se tinha cantado em chinês ao quinto copo, canta-se agora em Russo. Só faltou a música country para compor o ramalhete das grandes potencias que se têm cruzado no Vietname. Embora ao meu lado se sentasse um certo senhor do Texas, deixou-me filmar o momento geopolítico sem saltar para a ribalta...

Enfim, se o vodka foi capaz de me pôr a comer um esquilo neste mesmo jantar porque é que não poderia levar os meus amigos a cantarem em linguas estranhas?

Se fosse na Noruega seria uma saída de emergência de uma boite...

Mas não é. A foto foi tirada no Vietname, num corredor de hotel à saída do meu quarto em Vung Tau no final de Setembro. São coisas da lingua: Lôi Ra quer mesmo dizer "Saída" em Vietnamita...

Que post mais cretino...

Voltei!

Vinte e seis voos e sete semanas depois das férias em Agosto, eis-me de regresso a casa. Pelo menos durante duas semanas e tristezas à parte, espero bem ficar quieto. Ficam fotos e momentos por recordar deste périplo, que tentarei aqui partilhar quando puder. Para já fiquem com esta foto, que assinala a satisfação brasileira pelo retorno do Rock in Rio, que voltou também ele a casa depois de ter docado em Portugal uns tempos. A festa teve lugar no fim de semana exactamente antes de eu aterrar no Rio, já depois da passagem pelo Vietname. E ocorreu ali para as bandas de Jacareparaguá onde tirei a foto, para lá da Barra da Tijuca, mesmo ao lado da feira para onde me desloquei diariamente na semana passada.

Agora fiquem esperando pelos vietnamitas a cantar em russo e chinês, pelas impressões da Escócia e Londres por onde passei no início deste périplo mais recente sem tempo para partilhas na blogosfera, e mais pelo que eu consiga lembrar-me da rota Lisboa-Londres-Aberdeen-Londres-Lisboa-Londres-Dallas-Cidade do México-Villa Hermosa-Cidade do México-Madrid-Lisboa-Oslo-Lisboa-Amsterdão-Stavanger-Amsterdão-Lisboa-Munique-Singapura-Ho Chi Min-Paris-Lisboa-São Paulo-Rio de Janeiro-São Paulo-Lisboa. Para além da viagem de comboio a Roterdão e de carro a Vung Tau... Até já.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Quatro e fim de um sonho

O Asteróide faz hoje quatro anos. Há exactamente 1461 dias e cerca de um milhão de milhas atrás publiquei aqui o primeiro post. E o segundo também, inaugurando a vocação do Asteróide como saltibanco com um mergulho no Mar do Sul da China.

A esmagadora maioria das rotas do Asteróide têm uma razão de ser. É a essa razão que dedico o post de hoje e a imagem que partilho. Sem a Euronavy o Asteróide não existiria (mas se existisse as fotos teriam ficado menos tremidas, nomeadamente as tiradas de taxi para o aeroporto, da janela do avião ou à pressa antes de entrar numa reunião...). É com orgulho imenso que faço parte desta família, mais ainda agora no fim. Um fim que me deixa muito triste. Mas não menos orgulhoso. Este quarto aniversário fica assim dedicado a todos os amigos e amigas na mais incrível empresa portuguesa que conheci, companheiros de uma aventura maravilhosa que acaba sem glória mas com muita honra. É muita a dor agora. E a minha não é nada comparada com a de outros. Mas não posso deixar passar este aniversário sem esta homenagem.

A aventura imensa que é esta empresa acabará em breve para todos nós, como grupo. Espero que possa continuar para cada um individualmente da melhor maneira possível. Todos nós somos diferentes como pessoas e como profissionais, para muito melhor, graças ao que passámos juntos. A Euronavy chega ao fim mas o "ser Euronavy" não.

Nenhum de nós que ficámos até ao fim deixou de sonhar. Até ao último segundo. Aconteceu simplesmente que não pudemos controlar as consequências de outros terem deixado de sonhar uns anos atrás... Só posso garantir uma coisa: enquanto o Asteróide existir o sonho da Euronavy será sempre lembrado.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Barra da Tijuca entre sol e nuvens

E eis que o sol finalmente se levantou, muitas horas depois de o ter feito em Saigão e um bom bocado depois de Lisboa. O que significa que estou no Rio de Janeiro, acordado e zonzo de fome desde as cinco da matina devido ao jet lag... Agora é tempo para a comidinha boa, já me estou a lamber com a goiabada com queijo!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

De novo no ar

O fim de semana não durou nada e eis-me de novo a voar... Até já na terra de Vera Cruz!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Enfim casa...

E hoje o jantar é bifes!

Volta Heathrow, estás perdoado!

Eis-me no fundo de Paris: o aeroporto Charles de Gaulle... É raro usar o CDG nas minhas ligacōes, mas desta vez decidi experimentar algo novo no regresso de Ho Chi Min. Ou seja, voar directo na Vietnam Airlines para Paris. Péssima ideia... O avião era um 777-200 antigo com uns bancos classe executiva que não faziam cama nem reclinavam completamente, e a comida era uma treta (se bem que eu não estava em forma para comer muito, de qualquer maneira...). Chegado a Paris, todo dorido mas a pensar no comforto e nos mimos de um lounge francês, deparei-me com uma enorme caminhada para passar do terminal 2E para o 2D, com o caminho mal assinalado, com uma multidão a passar pelo controle de passaporte (demorou-me uns 20 minutos) de forma desorganizada por carência de indicaçōes, enfim... Não consegui arranjar melhor caminho que sair pelo 2F e palmilhar mais uma eternidade até ao 2D. Aí tenho que reconhecer que as meninas da segurança eram bem simpáticas. No entanto logo que passei os raios X encontrei-me num espaço estreito, sem lojas nem lounge, apenas com as portas de embarque! Tive de voltar a saír para a zona pública, onde o lounge se encontra. Aqui estou agora, no lounge Air France a desabafar no Asteróide. Se a gaita do wifi me ajudar, pois parece estar um pouco titubeante... Mais tarde vou ter de passar outra vez pelas meninas simpáticas, do mal o menos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Miam, miam...

Estou a brincar, estou a brincar... Qualquer associação entre o post anterior e este é mera perversão vossa. Esta bolinha de pêlo é muito amada pelos donos (acho...) e tal afecto não se deve ao facto de ser docinho. A foto não foi tirada num restaurante, mas sim à saída de uma reunião num edifício de escritórios em Saigáo, hoje antes de vir para o aeroporto. Até eu confesso que tenho outra vez o estomago ás voltas com este humor pervertido. Andei o dia todo empalamado, desde que me explicaram o que tinha comido ao jantar um par de dias atrás. Como a explicação foi em inglês com sotaque vietnamita cerrado e muitos gestos à mistura, achei por bem fazer uma interpretação optimista: jantei uns noodles de esquilo voador! Ou seja, anteontem acabei a noite a roer uma patinha de um mamífero com asas, com unhinhas e tudo. Acho que percebi bem a explicação. Que outra coisa poderia ser, um mamífero que voa de árvore para árvore? Pela noitinha? Nã, não poderia ser outra coisa...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Jantar!



Em Vung Tau, pois claro. Muito sofri para cá chegar. Até o voo da Singapore Airlines à saída de Singapura se atrasou, penando no tarmac numa longa fila, dando prioridade aos inúmeros jactos privados que esta manhã retiravam da Lyon City todos os bilionários com quem tive de me bater pelo gin tónico no paddock.

Já no Vietname e depois da cena habitual para tratar do visa à chegada a Saigão os amigos habituais carregaram-me na viatura habitual pela estrada fora (ainda terrível como habitual...), três horas até Vung Tau. Se não sabem onde fica Vung Tau deviam ter lido mais vezes o Asteróide: visitem aqui o Vietname e ficam a saber...

Ao jantar a habitual lição de geopolítica, regada com um cocktail explosivo de vodka. Os meus companheiros de janta eram muitos e bem colocados, e depois dos vodkas até cantaram em chinês e em russo. Tudo filmado claro, mas não pensem que vai aparecer no You Tube porque ainda pretendo voltar ao Vietname mais vezes... Até porque capturei em primeira mão a noção que o Vietname está economicamente a arrefecer, com muitas obras paradas e o financiamento a engasgar-se. O "boom" estava oco e isto só vai lá com uma mudança de regime. Os governos mudam (como aconteceu à pouco tempo) mas a música é a mesma, sempre a rapaziada do costume. Prognóstico: esperem que isto por aqui bata no fundo para o ano ou em 2013. Nessa altura a tão necessária mudança de regime ocorrerá. Sem conflito, porque os vietnamitas só odeiam mesmo uma coisa: a guerra. E se houver batatada posso garantir-vos algo: não há vietnamita que não vá à luta, de faca ou pistola. Coisa que ninguem quer nem pensar.

Quanto ao repasto, muito contente estava eu por ter declinado escolher as cobritas que nos foram apresentadas logo à entrada do restaurante. Digo "estava" porque a satisfação só durou até eu tirar da boca algo mais ossudo do que o habitual, ainda a escorrer do caldo de onde o havia tirado com os meus pauzinhos do meio dos noodles. Ficam para a posteridade os ofídios que declinei e o bocadinho de carne que me saiu da boca. Com os cinco dedinhos e tudo...

domingo, 25 de setembro de 2011

Partida!

Para o GP Singapura 2011, do ponto de vista da Miss Universo e suas amigas. Mais o emplastro...

Asteróide entra em órbita...








E não foi o Vettel nem o Hamilton, tão pouco o Schumaker que me fez gravitar durante o Grande Prémio de Singapura de hoje. Calhou-me um camarote ao fundo da recta da meta e ter os Deuses comigo. Quando vi a Miss Ucrania sentar-se ao  meu lado achei engraçado. Quando ela se chegou para lá e fiquei ao lado da Miss Irlanda junto com a Miss Japão comecei a perceber que era mesmo a sério. Mais dois minutos e senta-se a Miss Universo, Leila Lopes! Não resisti a pedir a foto que vêem, em bom português que a Leila como angolana bem entende. Mais um bocado (e nessa altura já não fazia ideia nenhuma do que se passava na pista, tal era o bigode que o Vettel estava a dar aos outros...) e aprendi que a Miss Japão fala português! Foi na nossa língua e com pouco sotaque que me explicou que viveu um ano em Portugal, a estudar na universidade de Aveiro. Para que saibam. Agora vou dormir....

PS: quem ganhou?

Vruummm!




Singapura inclina-se sob o troar das máquinas. Amen!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Crime e castigo na Lyon City: take enésimo


Um dos meus passatempos favoritos em Singapura é ler os jornais. Tanto nos tablóides como no respeitável Straits Times, encontro sempre uma profusão de notícias trágico-cómicas para partilhar. Já por aqui leram umas tantas, sobre aldrabões épicos, velhinhas a pintar os próprios caixões, chihuahuas clandestinos, gravideses indesejadas, sexo na rua, porrada no rugby, etc. Tudo isto e muito mais em Singapura.

Trago-vos agora as últimas. Comecem por olhar para as fronhas dos dois morecões que aparecem nas fotos. Deu-me logo para começar a rir... Mas nem tudo é cómico. Vejamos caso a caso:

Take 1: O engenheiro de óculos parou o carro de repente e sem sinalizar para deixar sair a filha e não gostou da buzinadela emitida pelo dentista que conduzia o carro que o seguia. Sai o engenheiro do veículo e pespega um murro no parabrisas do dentista, rachando-o de lado a lado. O vidro, claro. Resultado: o engenheiro foi condenado a uma multa de 4000 singdólares (cerca de 2500 EUR). Cheio de sorte, porque poderia ter sido condenado até dois anos de prisão...

Take 2: O motorista de autocarro com cara de chorão parou numa passadeira para deixar passar a senhora Ang, de 97 anos (noventa e sete...). De louvar. No entanto a senhora deve ter sido um pouco lenta, e o nosso motorista chorão assumiu que bastava de baldas a nonagenárias e arrancou quando lhe deu a pressa. A senhora Ang foi passada a ferro pelo autocarro. Para além dos 97 anos ainda sobreviveu mais seis horas, até falecer no hospital mais tarde. O motorista chorão foi condenado a pagar 9000 singdólares de multa, foi despedido e inibido de conduzir durante três anos e meio. Trabalha agora como ajudante de cozinha num restaurante manhoso e sofre de insónias. Falta-lhe lavar 345,367 pratos até conseguir pagar a multa.

Take 3: as empregadas de limpeza de hoteis por aqui não devem ganhar mal. Uma delas tinha o suficiente para subornar o chefe com 1000 singdólares, para o levar a despedir uma colega de quem não gostava. O chefe denunciou a situação. A nossa criadinha chinesa foi condenada a 2500 singdólares de multa, mas como não pagou foi de cana. A pena para crimes de corrupção em Singapura vai até 100,000 dólares de multa e cinco anos de prisão.

Moral da história: se passarem por aqui cheios de pressa e tiverem dinheiro suficiente no bolso não se deixem atrasar por dentistas chatos ou velhinhas lentas. Esmurrem um e atropelem a outra sem pejo, vai-lhes custar uns tantos dólares mas pelo menos chegarão a tempo (onde quer que vão...). Mas nunca por nunca temtem subornar o juiz que os multa...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Típico...

Hotel super, piscina exótica... Mas chove e troveja desde que aqui cheguei ontem e a cidade de cimento rodeia-nos. Welcome to Singapore!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Moinhos e panquecas para acabar a semana


Dizia eu no post anterior, pelas cinco da manhã, que estava pronto para embarcar para Amsterdão. E por aqui estive, começando a primeira reunião em Amsterdão pelas nove da manhã e terminando a última pelas cinco e meia da tarde nos arredores de Roterdão. Agora de fugida no aeroporto de Amsterdão prestes a embarcar de novo (agora direitinho a casa para o fim de semana!), cá vão as fotos do dia. Uma ilustrando o processo de metamorfose que os moínhos holandeses estão a sofrer, a outra com uma instituição nacional por estas bandas: a famosa panqueca holandesa! Esta última devorada há momentos, quando um amigo que me deu boleia de Roterdão para o aeroporto de Schipol teve a bela ideia de parar para lanchar. Agora, Portugal comigo, onde conto ficar praí dois dias e meio sem voar. Fixe...

Sobrevoando Stavanger


A minha vida ultimamente não passa disto: de aeroporto em aeroporto até que me cresçam asas... Ontem tive de voar de Amsterdão para Stavanger, Noruega. Hoje bem cedinho estou pronto a embarcar de novo, de Stavanger de volta a Amsterdão onde começarei o dia com uma reunião pelas 9:30. Ou seja, já nem saio dos hoteis dos aeroportos. Este bate recordes: como podem ver pela vista, quase que dá para pular do quarto para a pista. Até já...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Sol no Mouchão da Póvoa do Norte

Se nunca estiveram por aqui e quiserem saber como é a Holanda, sugiro que imaginem um Mouchão da Póvoa gigante. Isso mesmo, quadrículas esverdeadas esventradas por canais de água até perder de vista. Só faltam o Mar da Palha e os campinos. Por aqui estou mais uma vez. Como sempre mais chuva que sol, mas da janela aqui do hotel de Schipol perto de Amsterdam onde me encontro consegui ver o solinho numa fugaz aparição ontem de manhã. Fica aqui a justa homenagem ao astro-rei por ter animado um lusitano macambuzio com pena de ter deixado o sol para trás esta semana.

domingo, 11 de setembro de 2011

O fim do vinho

Nesta passagem por casa chego à conclusão que para o ano tenho de passar sem vinho à borla e à descrição... Olhando para as minhas vinhas todas queimadas do míldio, as ricas uvas castelão francês (aka Periquita...) feitas em passas secas devido às chuvadas de Maio, chego à conclusão que "deste já não hà mais". Não será o melhor dos vinhos, por ser bebido jovem apesar de feito com muito brio aqui pelo vizinho que me trata da terra. Mas pelo menos seria meu e vou sentir a falta dele. Há um par de dias atrás, quando os camaradas agricultores aqui do concelho de Palmela pegaram nos tractores e encetaram uma marcha de protesto a partir do Poceirão para pedir compensação ao governo pelos dislates do São Pedro, pensei seriamente em pegar no corta-relvas e participar. Mas acabei por comprar cerveja e ficar sentado...

sábado, 10 de setembro de 2011

De visita a casa

Viajar é fixe mas não há nada como regressar. E quando se depara com o nome Portugal logo à partida do local remoto de onde regressamos ainda melhor. Foi o caso desta foto. A nave da TAP chamava-se Amália Rodrigues e  na quarta-feira trouxe-me de Oslo a Lisboa num instantinho.

No entanto tenho receio que com tanto voo algo me esteja a acontecer. Suspeito que me esteja a destransformar de tuga noutra coisa qualquer. Tipo... turista norueguês? Seguramente em qualquer coisa diferente de mim, porque ao deixar o avião na Portela o comissário de bordo despediu-se desejando-me sonora e sorridentemente uma "Boa estadia!". Reparem, não me felicitou com um "Bom regresso!", nem um "Bemvindo de volta!". Não, desejou-me "Boa estadia" como se soubesse que eu estava passagem e fosse voar de novo na segunda-feira para Amsterdão. Como é que ele adivinhou!?

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Progresso civilizacional

Para além de outras taras, também tiro fotos em casas de banho um pouco por todo o planeta. Tenho uma colecção fixe que partilharei com outro tarado feitichista se me pedir muito. No entanto não é para vos falar desta tara que vos escrevo. Fotos tiradas em sítios destes carregam normalmente mensagens profundas, e esta é suficientemente profunda para reflectir a situação actual da sociedade norueguesa.

Para quem não percebeu ainda bem a mensagem ao olhar para as instruções do dispensador de detergente, fotografado na sua austera e atenta posição sobre a sanita, eu explico. Aqui neste WC pretende-se que o utente, após terminar o seu serviço, limpe bem a sanita para que esta fique a brilhar, usando para isso um pedaço de papel higiénico embebido no detergente. Ou seja, que integre verticalmente a sua actividade relacionada com WCs, passando a ser também o "senhor(a) da limpeza" para além de utente. Daqui a cinquenta anos é bem possível que esta integração tenha atingido os seus limites, com os utentes das WCs norueguesas a depararem-se com um pedaço de terra, uma pá e um misturador de cimento, com o que construirão a sanita antes de para lá verterem as águas e a limparem no final.

Um tuga aqui tende a não fazer nada do que é pedido, porque pensam: "era o que faltava eu a fazer de faxineiro a limpar a caca dos outros"! Um noruegues pensa "tra-la-ra-lo-ló, cá vou eu alegremente limpar as pinguinhas que deixei, pois encontrei isto limpo e quero que o próximo utente usufrua também desta deliciosa experiência"...