quarta-feira, 27 de maio de 2009

O Abominável Homem do Leblon

Nem sempre há coragem para abrir o vidro fosco do carro, já noite, aqui no Rio de Janeiro. Nem aqui nem em muitos outros sítios em que o Asteróide se cruza com este tipo de cromos, no seu périplo de Saigão à Cidade do México, passando por Kuala Lumpur ou Teerão. Muito menos quando a tentação é fazê-lo quando se está parado num semáforo no Leblon, para mandar com o flash na cara de personagem tão assustador... Mas a verdade é que por 3 Reais tudo se compôs e ainda recebi uma garrafa de água como troco! O resultado, para lá de poder manter a primeira foto, tirada "à traição", foi ter direito suplementar a esta pose do... Abominável Homem do Leblon!


De resto, mais do mesmo. Aqui no Rio fico sempre na Barra, no extremo oposto do Centro, onde normalmente agendo as minhas reuniões. A Via Sacra para o trabalho é portanto maravilhosamente composta por uma colagem de trajectos quase sempre junto ao mar. Desde o "Elevado", um viaduto empoleirado na escarpa que passa da Barra para São Conrado, até às praias do Botafogo e do Flamengo já bem próximo do Centro, apanho normalmente a ziguezagueante Niemeyer no meio do arvoredo (passando bem junto de uma favela...), que me leva ao Leblon e ao Ipanema, transpostas sempre paralelamente ao areal, atalho antes do Arpoador para desembocar na Av. Atlântica em plena Praia de Copacabana, onde olho "bunda" em contra luz durante um par de quilómetros, até passar para o Botafogo.
Trabalho de Asteróide é duro, mas tem de ser feito... E lá estou eu contaminado com o sotaque daqui!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Do lado de lá do Atlântico

Deixei-os na costa Norte Americana do Pacífico, em Los Angeles, duas semanas atrás, reencontro-vos agora de volta ao Atlântico Sul e à Cidade Maravilhosa. Entretanto ainda dei um pulo a Portland, também perto da costa do Pacífico mas lá no Norte perto do Canadá. Regressei a Lisboa sobrevoando os Grandes Lagos (que são mesmo autenticos mares interiores!), e acho que essa passagem foi mesmo o mais emocionante momento da última fase desta última passagem pela Gringolândia, em que me arrastava já pelos aeroportos. Passei a semana passada na maior, em Portugal e sem necessidade de voar... E agora partilho convosco mais uma foto de quarto de hotel, esta das menos más dos últimos tempos, aqui na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, com vista para a piscina e para os morros (ali do lado está a Pedra da Gávea, que não podem ver...). Achei curiosa a vista, pois lembrou-me muito a vista de um quarto de hotel de Hong Kong, ano e meio atrás (grande prédios de apartamentos com a terra a erguer-se por trás).

São cinco e meia da tarde e já é escuro. De qualquer forma, apesar da praia ser linda e estarem 28ºC, a água é geladinha e o mar está revolto... A boa notícia é que amanhã pelas 5 da manhã tanto eu como o sol já estaremos de pé, muito antes da jornada de trabalho começar! Até já.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Pacifico visto do lado de cá


LA, California, desde ontem. Ou seja, o Oceano Pacífico "comme il faut", porque do lado oposto do mesmo, quando apanhava em Singapura o barquito para ir à Indonésia, não creio que se pudesse dizer que já tinha largado o Indíco e entrado no Pacífico.
Para variar é só trabalho... De Malibu, Hollywood, Santa Monica, Long Beach, e outros nomes apelativos só consegui mesmo ver as placas nas "highways"... Mulholland Drive, Sunset Boulevard, bem, estes passeios que tanto gostaria de ter feito (e já cheguei aqui ontem pelas 9 da noite) ficam limitados a passar o dedinho pelo mapa. Nada de foto das letras garrafais no cimo da colina... Quedei-me aqui mais do lado Sudeste na área de Anahein e Orange County. Ainda deu no entanto para capturar um pouco do luxo desta paragens, na menos conhecida mas não menos milionária área de Newport Beach. Na foto estou empoleirado algures na opulenta área de vivendas de Corona del Mar, já perto de Laguna Beach, a apontar para Newport Bay. Acho que não é um sitío mau para viver... Agora, cerveja comigo, junto com uns indigenas locais que mais logo farão o favor de ir ver um jogo de baseball e graças a Deus não me arranjaram bilhete! Amanhã pelas 7h da manhã já tenho de estar a voar de novo, dispenso passar parte das horas disponíveis para dormir a olhar para um desporto chato e imcompreensível...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Pessegueiro ao Alto

Os porcos deixaram de espirrar, o que resultou imediatamente em espetarem comigo dentro de um avião. Ou dois, neste caso, para chegar ontem aqui à terra do Pessegueiro ao Alto, como (vagamente) se chamava a povoação india Cherokee que existiu neste canto do Sul dos Estados Unidos da América até 1822. Depois foi o que se viu: os indios venderam as terras a colonos brancos e, mais tarde, acabaram corridos de todo o lado, incluindo dos sitios que nunca tinham vendido... Hoje o sitio chama-se Atlanta, Georgia, uma cidade que se tivesse tempo para visitar seria concerteza mais interessante do que Dallas ou Houston. Cerca de meio milhão de habitantes numa área metropolitana de 5 milhões, vegetação exuberante, "highways" serpenteantes, "downtown" com uns arranha céus, taxistas gatunos (ontem foi um com ar de etíope a dar-me música étnica em altos berros "a la Prestes João", até me conseguir arrastar durante 62,00 USD de trajecto para - à segunda tentativa - me descarregar no hotel correcto). Tudo normal. Até o hotel, sempre de grandes camas e fofas almofadas em profusão. Gosto. Só para não passar a vida só a dizer mal dos Gringos...


Ainda sem precisar de recorrer à Wikipedia para ilustrar a minha não-visita a Atlanta, recordo que Tudo o Vento Levou se passou nestas paragens. Recorrendo à Wikipedia posso ainda afirmar ufanamente que Atlanta é a sede da Coca-Cola. E foi uma das principais bases de Martin Luther King. Em 1996 albergou os Jogos Olímpicos (já não me lembrava desta...).

Logo à noite volto a voar...

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Cena de riso pernanbucano


Ia a passar de carro (por vezes de autocarro, comboio, avião ou mesmo parapente ou paraquedas, mas neste caso de carro algures no Brasil, ontem, perto do Recife). Vou disparando alegremente, até produzir uma quantidade prodigiosa de fotos desfocadas ou falhando o alvo. Por vezes tenho sorte (se o Dirty Harry me perguntasse "do you feel lucky today, punk?", eu responderia jovialmente que sim, pelo menos ontem...). Ficam estes sorrisos pernanbucanos na berma da estrada...

Publicidade franca


Vai um gajo para o trabalho de manhã e fica a pensar como ele há freguesia para tudo, até para uma rapidinha num motel durante o horário laboral... Neste caso ir para o trabalho significa fazer-nos à estrada saindo do Recife, na direcção da zona de Suape, a uns 45 minutos de distância, no Estado de Pernanbuco (perto de Porto Galinhas). Entre muitas outras possibilidades de foto, fica esta como exemplo de "direct marketing"...

Campinas dos contrastes


Mais um quarto de hotel, com a sua foto correspondente. Neste caso tirada de manhã no meu poiso em Campinas. Tirada no início desta semana, ficou acima da média no concurso de poisos do Asteróide nestas duas semanas, perdendo apenas para o hotel na praia em Veracruz, no México alguns dias antes, onde acabei de me esquecer de tirar a costumeira foto da janela do quarto...

A virtude desta foto é dar um bom exemplo de Campinas: uma urbe com mais de um milhão de habitantes com PIB de nível Europeu, no interior do Estado de São Paulo (a uns 90 Km desta cidade), que no entanto conserva um (bom) aspecto de cidadezinha feliz (embora as vivendas exibam com frequência vedações electrificadas que seriam inpensáveis em Portugal...). O contraste entre edifícios de escritórios ou hoteis modernos espetados no meio de colinas verdejantes pontilhadas de casinhas é a imagem que trago de Campinas.

Acordada pelo petróleo


Este pôr do sol foi roubado sexta-feira passada à Ciudad del Carmen, a Macaé do México, ou seja (para quem não souber nada sobre petróleo), uma cidadezinha arrancada à sonolência do calor dos trópicos pelo bulício da exploração de petróleo offshore, neste caso subtraído por uma multidão de empresas do ramo às profundezas do Golfo do México. Com Macaé, no Brasil, passa-se o mesmo, com o cenário a ser o nesse caso o mar do Estado do Rio de Janeiro.

Del Carmen é na realidade uma ilha, uma fatia de terra paralela à costa com pontes em casa extremo ligando a terra firme. Apesar da sua enorme praia de areia, a frequência é miníma e o turismo não parece atraído pelo azul turquesa da sua água. O areal apresenta-se desolado e sujo.

No momento em que tirei esta foto já saía de Carmen pela ponte do extremo Norte, rumo a Villa Hermosa. A luz era mágica e pelicanos sobrevoavam o meu carro. Há momentos assim.