domingo, 22 de novembro de 2015

Mar Negro de douradas areias, estreitos fios dentais e... jaquinzinhos.

Foi numa passagem por Varna e arredores, na Bulgária, em Junho. O tempo estava bom, a luz magnífica e no ar ainda se detectou um pouco do cheiro a mofo associado outros tempos, semelhante ao que senti nas desaparecidas RDA ou Checoslováquia há quase trintas anos, quando passei uma temporada para lá da cortina de ferro. Estradas em mau estado, Trabants podres, condução assassina e russos gordos de fio dental a modos que confirmavam os estereótipos com que se pode chegar à Bulgária. No entanto não há esterótipo que resista quando se degusta um belo branco ao pôr do sol ou (quem diria!) nos deliciamos com uns jaquinzinhos nas margens do Mar Negro. Nasdrave!







Viena molhada e fria

Foi em Junho que o Asteróide por lá passou fugazmente. Tentou-se reconhecer uma outra Viena, a de um verão solarengo nos anos oitenta, de mochila às costas. Nada: naquelas poucas horas e uma pernoita em Viena nada reconheci. Apenas chuva, frio, e um típico prato de carne que me deixou os dentes a doer de tanto mastigar. Ficou no entanto o optimismo austríaco. Pelo menos o do vendedor de gelados italianos, ali para as bandas da catedral.



Como o Bósforo me lembrou o Drina

Da passagem por Istambul o Asteróide já relatou o mais mundano: as cores, sons e experiências que marcam qualquer turista por aquelas bandas. Mas nem só disso se fez a passagem pelo Bósforo. A tensão é palpável ao ver polícias na universidade, nos atentados que aconteceram quando por lá estávamos ou no facto de o avião que nops traria de volta ter de voltar para trás devido a uma ameaça de bomba. Tudo isso me fez lembrar o Ivo Andric e a sua inesquecível obra "A Ponte sobre o Drina". À luz do que se passa hoje na Europa e no Médio Oriente, as lições do Império Otomano de outrora, boas e más, voltam para nos assombrar ou guiar. Espero que nos guie.




Otomanando pelas margens do Bósforo

O Asteróide otomanou por uns dias, meses atrás e nem por isso arranjou coragem para deixar umas linhas aqui no blog. É triste, e mais uma vez o culpado é o Facebook, que tudo absorve. No que no Asteróide seria reflexão, no Face é momento. Esgotado o momento, torna-se mais difícil revivê-lo na blogosfera. Isto apesar de 2015 ter sido um ano de múltiplas órbitas como de costume, incontáveis vezes por terra de sua majestade, muito amiúde na Noruega, uma par de vezes pelos US of A como de costume, mas também em mais raras paragens como Viena de Áustria, Varna no Mar Negro búlgaro, Dinamarca, na magnífica Edinburgo escocesa duurante o Fringe, no bucólico Lake District no norte de Inglaterra, além de passagens por Hamburgo, Amsterdão, Rotterdão ou Glasgow.

Agora que me sinto mais aliviado por dar testemunhos das rotas que eram suposto serem aqui descritas, voltemos aos Otomanos. Foram dias soberbos em Istambul. Os bazares maravilharam-nos, o  Bósforo e a sua luz mágica iluminou-nos os passos cruzando o estreito e encheu-nos a barriga d peixe assado ali mesmo nas suas margens. A Hagia Sophia esmagou-nos, o bulício e vibração da cidade revigorou-nos, museus e romanas cisternas refrescaram-nos mente e pele. Ficam aqui alguns, muito poucos, flashes das imagens que nos ficaram de quatro dias maravilhosos, Otomanando pelas margens do Bósforo.










domingo, 5 de abril de 2015

Den lille havfrue (e outras impressões da nação mais feliz do mundo)


Apesar de mudo a maior parte do tempo, o Asteróide não pode deixar de picar o ponto sempre que sobrevoa novas paragens. Nem que o faça com atraso, como no caso de Copenhaga, que foi sobrevoada durante uma semana nos idos de Novembro do ano passado. Ficou para a posteridade, como não podia deixar de ser, uma visita à Pequena Sereia - o ex-libris da cidade, em Dinamarquês no título, umas cervejas num par de pubs e mais umas lautas refeições em bem escolhidos casas de pasto.

E que mais dizer da Dinamarca e da sua capital? Na óptica de um asteróide que passou quase toda a semana aprisionado em reuniões pouco se pode dizer, mas cá vai... Ficou um perfume "royal" a la britânica, uma atmosfera calma, gentes civilizadas e amigáveis. Boa comida e bom café expresso em mínusculos cafézinhos de esquina, "tres mignones" e cheios de iguarias. Deixo mais uma imagens de Copenhaga e da sua alma nórdica, da sueca Pipi das Meias-Altas até ao Dinamarquês-norueguês Hans Christian Andersen que inventou a sereia.