domingo, 30 de janeiro de 2011

Bruxas a fazer pão mole

Quando era criança, alguém me ensinou que quando faz "chuva e sol estão as bruxas a fazer pão mole". Outra consequência, para lá do efeito nos hábitos culinários das bruxas, é a produção de arco-íris. Este belo exemplar da foto apanhei-o perto de casa há umas semanas atrás mas continua bem actual agora, com este tempo frio que alterna boas abertas com fortes borrascas sob nuvens negras. Para além de tudo o mais, é casa de novo!

sábado, 22 de janeiro de 2011

1395ª vista de um quarto de hotel

Nem sempre o Asteróide tem coisas interessantes para partilhar. É o caso desta semana, passada inteira num hotel em Orlando, Florida. Só trabalho, em imersão total. Claro que à noite todos (e digo-vos que somos muitos...) podem descontrair e beber uns copos valentes num dos bares que há por aqui, quer no hotel quer nas imediações. Mas é uma actividade que não dá fotos de jeito. De assinalar só uma noite na Universal Estúdios, a empaturrarmo-nos à conta e pululando pelas várias diversões como se fôssemos miúdos. Aconselho o castelo do Harry Potter... Mais uma vez, quer por ser noite quer pela tremideira, a visita à Universal não produziu fotos de jeito.

Dado não haver grande tema de conversa nem fotos de jeito, deixo-vos com mais uma vista de quarto de hotel. Não garanto que a contabilidade esteja certa, mas não deve andar longe...

sábado, 1 de janeiro de 2011

A fuga da neve



Com este post chego finalmente aonde queria: a Portugal, onde lá consegui vir passar o Natal e o Ano Novo. Mas a coisa esteve negra, ou antes, branca! Quando desci para tomar o pequeno almoço no meu hotel em Aberdeen no dia 16 de Dezembro começavam a cair uns farrapinhos de neve, que volteavam inocentemente sem se fazerem sentir na cor do chão. Aliviado, comi com toda a calma enquanto o táxi já aguardava lá fora, pensando que apesar das previsões lá iria conseguir voar para Londres e daí para casa... Passados quinze minutos, quando saí para fora, deparo-me com o nevão furioso que as fotos documentam! O taxi já estava todo ele mascarado de boneco de neve e a viagem para o aeroporto fez-se com muita dificuldade. Mais uma vez tive de embarcar na pista, onde a neve já não caia mas onde o vento soprava e a temperaturas era gélida, como acontecera em Oslo na semana anterior (apetece-me gritar de novo "Portela, estás perdoada!"). Cheguei atrasado a Londres, o que acabou por não ser mau de todo. No pior aeroporto do mundo, Heathrow, onde ainda nem nevava, o caos já se instalava e o meu TAP para Lisboa saiu com duas horas de atraso...
Mas a verdade é que cheguei a casa. E quem acompanhou os telejornais na semana antes do Natal saberá que metade da Europa ficou presa pela neve em aeroportos, principalmente, claro, em Londres. E não me parece que nas lojas de Heathrow vendam rabanadas...

Feliz e Próspero Ano Novo!

Crime no hotel, comida tailandesa na rua e copos na igreja: estamos na Escócia, claro...



Em Dezembro passado, depois de Amsterdão e Manchester cheguei finalmente a Aberdeen, a minha última escala antes de regressar a Portugal para o Asteróide recuperar de tantos périplos pelo planeta e pôr a cabeça em ordem. As minhas visitas anteriores à Escócia já datavam de uma época pré-asteróide, pelo que se fala aqui pela primeira vez desta terra selvagem. Mas bem interessante e espectacular também, pelo menos fora das cidades (à excepção de Edinburgo!). Socialmente prefiro um escocês bébedo a um inglês bêbedo. Quanto a compará-los enquanto sóbrios não sei, nunca os vi nesse estado, pelo menos nas voltas pelos pubs quando finalmente tenho disposição para socializar.
E que dizer de Aberdeen? O Palm Court Hotel onde fiquei uma noite era muito mais castiço do que o Hilton de Manchester do qual vos falei (mal) no último post. Para chegar ao meu quarto no Palm Court tive de escalar dois lances de escadas, depois virar à direita, palmilhar um corredor sem fim durante o qual tive que subir e descer uns quantos degraus, depois virar à esquerda, desviar-me à direita, subir mais dois lances de escadas, virar à direita, descer três degraus, subir três degraus, haaaa... sim, é aqui à esquerda, encontrei o 23! Apesar de ter incontáveis séculos de existência, o meu quarto perdido nos confins de um dos edifícios colados para criar o hotel estava bem restaurado e quentinho. E com uma casa de banho bem moderna. Para além da aventura que é chegar ao quarto, ainda poderia contar com uma "Murder Mistery Night" anunciada numa das fotos que podem ver acima. Não sei como organizam o jogo, mas parece-me interessante. Aposto que alguém acabará mesmo por ser assassinado pelo mordomo...

Quanto à cidade, uma desgraça. É a capital da exploração de petróleo offshore no Mar do Norte do Reino Unido, uma espécie de irmã da Stavanger norueguesa onde havia estado na semana anterior. E não tem nada de jeito. Posso estar a ser injusto, já que só lá passei umas horas como turista, as restantes a bulir. Mas pareceu-me que se trata de uma longa rua principal e pouco mais. Para salvar o fim do dia, nessa rua encontrei um bar bem engraçado: uma igreja transformada em pub, de seu nome Soul. Às quatro e tal estava ainda deserto. Pelas cinco e picos já transbordava de autóctones nos copos! A população feminina é que era um pouco troll, mesmo fotografada através dos espelhos entre colunas de madeira...

E comida? Eu votei nas roulotes, e não me arrependi. Não sei se era da fome, do facto de estar de taxi entre uma reunião e a próxima ou pela minha falta de confiança na comida escocesa, mas a verdade é que a refeição tailandesa servida na roulote que vos apresento e degustada no banco de trás do taxi é do melhor que me tem passado pelo goto! E eu sei do que falo...

Em Manchester? Nada para fazer a não ser comer...

Sempre que passo em Manchester fico com uma impressão de vazio... Ainda por cima no mês passado, tendo lá chegado depois de um festim de emoções em Amsterdão! Em Manchester, nada. Nada de interesse, diria, a não ser o futebol, claro, se tivesse tempo e dinheiro para assistir ao vivo em Old Trafford a algum jogo do Manchester United. O mais emocionante que por aqui aconteceu nos últimos anos foi a passagem do Cristiano Ronaldo pelo "Man U" e a inauguração recente de um mega-hiper-shopping que atrai multidões. Quarenta mil lugares de estacionamento, meu Deus... A cidade de Braga poderia ir lá toda ao mesmo tempo e ainda havia lugar para os de Ponte de Lima.

Desta vez poupei-me a bocejos e fiquei duas noites no Hilton do aeroporto, para evitar deslocações. O trabalho pôde ser feito quase sem sair do Hilton (bem mau, por sinal, pelo menos a comparar com o standard a que estou habituado nos Hilton na Gringolândia...), à excepção de um salto ali perto para uma visita rápida e um jantarinho na segunda noite na hitchockiana tasquita que vos apresento na foto: o "39 steps" perto de Wilslow, nos arredores de Manchester. Finalmente posso recomendar alguma coisa em Manchester!

Amsterdão em fotos. Finalmente...

Foi preciso chegar a 2011 para finalmente encerrar o capítulo Amsterdão, um fim de semana entre 10 e 13 de Dezembro último que só agora termina verdadeiramente, pelo menos na blogosfera. Chega de conversa, este post fica-se pelas fotos... Cliquem aqui!