segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Jantar!



Em Vung Tau, pois claro. Muito sofri para cá chegar. Até o voo da Singapore Airlines à saída de Singapura se atrasou, penando no tarmac numa longa fila, dando prioridade aos inúmeros jactos privados que esta manhã retiravam da Lyon City todos os bilionários com quem tive de me bater pelo gin tónico no paddock.

Já no Vietname e depois da cena habitual para tratar do visa à chegada a Saigão os amigos habituais carregaram-me na viatura habitual pela estrada fora (ainda terrível como habitual...), três horas até Vung Tau. Se não sabem onde fica Vung Tau deviam ter lido mais vezes o Asteróide: visitem aqui o Vietname e ficam a saber...

Ao jantar a habitual lição de geopolítica, regada com um cocktail explosivo de vodka. Os meus companheiros de janta eram muitos e bem colocados, e depois dos vodkas até cantaram em chinês e em russo. Tudo filmado claro, mas não pensem que vai aparecer no You Tube porque ainda pretendo voltar ao Vietname mais vezes... Até porque capturei em primeira mão a noção que o Vietname está economicamente a arrefecer, com muitas obras paradas e o financiamento a engasgar-se. O "boom" estava oco e isto só vai lá com uma mudança de regime. Os governos mudam (como aconteceu à pouco tempo) mas a música é a mesma, sempre a rapaziada do costume. Prognóstico: esperem que isto por aqui bata no fundo para o ano ou em 2013. Nessa altura a tão necessária mudança de regime ocorrerá. Sem conflito, porque os vietnamitas só odeiam mesmo uma coisa: a guerra. E se houver batatada posso garantir-vos algo: não há vietnamita que não vá à luta, de faca ou pistola. Coisa que ninguem quer nem pensar.

Quanto ao repasto, muito contente estava eu por ter declinado escolher as cobritas que nos foram apresentadas logo à entrada do restaurante. Digo "estava" porque a satisfação só durou até eu tirar da boca algo mais ossudo do que o habitual, ainda a escorrer do caldo de onde o havia tirado com os meus pauzinhos do meio dos noodles. Ficam para a posteridade os ofídios que declinei e o bocadinho de carne que me saiu da boca. Com os cinco dedinhos e tudo...

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