sábado, 1 de janeiro de 2011

Crime no hotel, comida tailandesa na rua e copos na igreja: estamos na Escócia, claro...



Em Dezembro passado, depois de Amsterdão e Manchester cheguei finalmente a Aberdeen, a minha última escala antes de regressar a Portugal para o Asteróide recuperar de tantos périplos pelo planeta e pôr a cabeça em ordem. As minhas visitas anteriores à Escócia já datavam de uma época pré-asteróide, pelo que se fala aqui pela primeira vez desta terra selvagem. Mas bem interessante e espectacular também, pelo menos fora das cidades (à excepção de Edinburgo!). Socialmente prefiro um escocês bébedo a um inglês bêbedo. Quanto a compará-los enquanto sóbrios não sei, nunca os vi nesse estado, pelo menos nas voltas pelos pubs quando finalmente tenho disposição para socializar.
E que dizer de Aberdeen? O Palm Court Hotel onde fiquei uma noite era muito mais castiço do que o Hilton de Manchester do qual vos falei (mal) no último post. Para chegar ao meu quarto no Palm Court tive de escalar dois lances de escadas, depois virar à direita, palmilhar um corredor sem fim durante o qual tive que subir e descer uns quantos degraus, depois virar à esquerda, desviar-me à direita, subir mais dois lances de escadas, virar à direita, descer três degraus, subir três degraus, haaaa... sim, é aqui à esquerda, encontrei o 23! Apesar de ter incontáveis séculos de existência, o meu quarto perdido nos confins de um dos edifícios colados para criar o hotel estava bem restaurado e quentinho. E com uma casa de banho bem moderna. Para além da aventura que é chegar ao quarto, ainda poderia contar com uma "Murder Mistery Night" anunciada numa das fotos que podem ver acima. Não sei como organizam o jogo, mas parece-me interessante. Aposto que alguém acabará mesmo por ser assassinado pelo mordomo...

Quanto à cidade, uma desgraça. É a capital da exploração de petróleo offshore no Mar do Norte do Reino Unido, uma espécie de irmã da Stavanger norueguesa onde havia estado na semana anterior. E não tem nada de jeito. Posso estar a ser injusto, já que só lá passei umas horas como turista, as restantes a bulir. Mas pareceu-me que se trata de uma longa rua principal e pouco mais. Para salvar o fim do dia, nessa rua encontrei um bar bem engraçado: uma igreja transformada em pub, de seu nome Soul. Às quatro e tal estava ainda deserto. Pelas cinco e picos já transbordava de autóctones nos copos! A população feminina é que era um pouco troll, mesmo fotografada através dos espelhos entre colunas de madeira...

E comida? Eu votei nas roulotes, e não me arrependi. Não sei se era da fome, do facto de estar de taxi entre uma reunião e a próxima ou pela minha falta de confiança na comida escocesa, mas a verdade é que a refeição tailandesa servida na roulote que vos apresento e degustada no banco de trás do taxi é do melhor que me tem passado pelo goto! E eu sei do que falo...

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