sábado, 13 de março de 2010

Sobre Serpicos mutantes, hábitos alimentares e mamas Italianas


Uma "premiére": pela primeira vez o Asteróide escreve e publica em plena rota, sobrevoando a Gringolândia algures entre Texas e Nova Iorque! Graças ao Wi-Fi a bordo da American Airlines.

Há umas horas atrás estava na fila para o “security check” no aeroporto de Dallas quando tirei esta foto. Como em muitas outras ocasiões, arrisquei-me a levar um sopapo, neste caso do dono da mala. Apesar do seu ar de pilotaço belicoso a condizer com os autocolantes, não reparou no meu momento como "paparazzi".... Pude assim documentar que não são só a TAP e a Lufthansa que fazem greves de propósito para me chatear. A American Airlines pelos vistos também. Mas não hoje...

Tirar uma foto à socapa foi coisa que não me atrevi a fazer ontem ao jantar, pelo que o Serpico do título terá de ficar para sempre entregue à vossa própria imaginação… Estava num Chedar’s ao pé do hotel, um restaurante-bar. Há Chedar’s por todo o lado na Gringolândia. É uma boa solução ao jantar, para comer e beber uns copos e ficar até mais tarde. Podemos escolher entre uma zona de mesas mais sossegada ou ficar pelo bar, onde ao balcão ou em mesas elevadas também podemos comer, com menos luz e mais som (refiro-me a toda a gente a falar alto…). Ali como em muitos outros sítios por estas bandas a maioria dos clientes eram negros (perdão, Afro-Americanos, como aqui se diz). Principalmente senhoras. E todas gordas, umas menos, outras mais (mais significa ao ponto de se derramarem para fora das cadeiras…). Com uma excepção: uma beleza Afro-Americana alta e escultural, de cabelos voluptuosos e olhar inquiridor, que quando cheguei com um amigo já estava a animar a noite de outro colega que por ali andava. Claro que flirtar com uma senhora negra estaria fora de cogitação de um outro colega com quem convivi estes dias, um “Southern red-neck”, texano puro e duro que ao ver os olhares gulosos dirigidos à menina logo nos diria “you bloody yankees, I would never swim on these muddy waters!”. Este tipo de “red-neck” abrutalhado e racista ainda pensa que o Sul ganhou a Guerra Civil.
Tão chocante contraste com o resto da população feminina do local não era normal. Na realidade rapidamente tirei as minhas conclusões, depois de saber que a senhora estava no bar com o “irmão”, um negro de colarinhos bicudos e óculos escuros à Serpico, peça de indumentária sem dúvida necessária num bar a meia luz às dez da noite… O “mano” controlava a coisa à distância, a “mana” acabou por largar o osso depois de arrastarmos o nosso colega do balcão para a nossa mesa. Uma excelente foto, que sensatamente decidi não tirar.

Se ao jantar podemos desfrutar de alguma calma, ao almoço é mais difícil. Anteontem num Subway perto do sítio onde labutei esta semana percebi que a malta aqui não come: alimenta-se. E rápido. O Subway faz sandes que são pedidas ao balcão, depois de estar na fila um pedaço. Esta fila é como uma linha de produção automóvel: quando se entra não se pára e quando se dá por isso já temos uma sandes atravessada na boca e o visa passado na máquina. Se paramos para perguntar o que é aquele molho esverdeado ou aquela coisa roxa antes de nos atrevermos a escolher o recheio da sandes, somos imediatamente bombardeados com grunhidos da fila que nos segue e suspiros da Mexicana que fica de colher na mão a olhar para nós.

E o que é que mamas Italianas têm a ver com isto? Bom, há sítios em Itália onde se pode lavar os olhos (e fazer mais coisas) na rua com boazonas maravilhosas, altas, loiras e provocantes, de peitos à mostra para toda a gente ver. A Polícia? Não pode fazer nada. É legal. Quer dizer, é ilegal para uma mulher mostrar os peitos na via pública. Mas os homens podem mostrar a peitaça! Moral da história: nunca alinhar com uma Italiana que mostre as mamas na rua para início de conversa. Capici? Se quiserem mais pérolas da sabedoria popular vão beber copos no Texas com ex-Marines.

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