segunda-feira, 11 de julho de 2011

Deserto com ideias


Qatar é quente. E não tem uma gota de água em todo o seu pequeno território (uma peninsula com vista para o Bahrein, com o tamanho aí do Alentejo e fronteira com a Arábia Saudita). Deserto, deserto e mais deserto. Ontem quando cheguei era noite e a temperatura tinha descido para uns "refrescantes" 36ºC. Hoje enquanto era conduzido do meu hotel em Doha para o trabalho (que me aguardava a uns 90 Km de distância para Norte) o carro marcava 44ºC. Um dia menos mau... A humidade, no entanto, estava surpreendentemente alta, o que torna o calor ainda mais difícil. Parece-me portanto que o clima é idêntico ao que me lembro dos Emiratos Árabes Unidos, aqui perto, anos atrás quando passava a vida caído no Dubai.

Como podem ver da amostra de Doha abaixo, colhida da janela do meu quarto como já é tradição, a cidade não é enorme nem super-produzida como o Dubai. No entanto lá mais ao longe espreitam os guindastes no que aparenta ser uma emergente "city a la megalómano". A ver vamos daqui a uns anos, com o Mundial de Futebol a vir para aqui em 2022, se não se acabam com uma bolha como o Dubai.

Por enquanto tudo vai bem nas terras de Sua Majestade o Emir Bom, Hamad bin Khalifa, sentado em cima de reservas de petróleo capazes de manter o Qatar por bastante mais tempo como o país do mundo com o maior PIB per capita (parece que durarão pelo menos mais 37 anos...). Claro que se divide o PIB pelos cerca de 200,000 qataris, numa população de 3 ou 4 milhões se incluirmos todos os estrangeiros que trabalham no petróleo, construção, refinarias, etc...

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