quinta-feira, 17 de abril de 2008

Crime, crime, crime: o caso do terrível chihuahua malaio

Enquanto a crónica das escaldantes noites de Singapura (dark side...) se faz esperar, acho adequado mitigar-lhes a impaciência (já que tenho estado aqui por Singapura desde a última semana, de passagem) com um parente, embora pobre, do sexo: CRIME!

É assim que vos apresento o criminoso Liu Liangwu, que escapou por um triz a ser engavetado por 12 meses por ter sido apanhado a entrar na República de Singapura com uma arma proibida, na fronteira rodoviária com a Malásia. Safou-se pagando uma multa de 10,000 SGD (cerca de 4650 EUR ao câmbio de hoje), o que eu acho uma prova da doçura com que Singapura trata este tipo de empedernido facínora. Na imagem acima exponho-vos o Criminoso e a Arma do Crime (um Chihuaha de aspecto nitidamente letal, capaz de provocar uma mortandade na população local de pitons, iguanas ou coreanos por atentado à digestão).

À parte o Caso do Vil Chihuahua de Johor Bahru, ali do outro lado da ponte (de lá só vem desgraça, desde que o Sultão de Johor se aliou aos Holandeses para correr com os portugueses de Malaca) ficam as 10 acusações de maus tratos que recaem sobre uma senhora local. A pobre senhora está em risco de pagar 1500.00 SGD (700 EUR) de multa por ter repetidamente esmurrado, puxado os cabelos e dado com a colher de pau à sua empregada indonésia.

De resto, crime à parte, a vida é boa aqui em Singapura (excepto para mim, que trabalho como um cão – mas com gosto - deixando o Asteróide à deriva). Os preços de compra e aluguer de casas começam finalmente a travar a subida. Chegado o fim do prazo de entrega do IRS só 15% ainda não entregaram a declaração (ainda o podem fazer na net, como já fizeram cerca de um milhão de contribuintes, de um total de 1,5 milhões de pagantes). O Cristiano Ronaldo aparece todos os dias em pelo menos um jornal. O Singapore Flyer, a maior roda gigante panorâmica do mundo (165 metros de diâmetro deu finalmente a sua volta inaugural para fazer inveja ao London Eye. Os indonésios aqui do lado são gozados por um Presidente da Câmara estar a ameaçar uma dançarina-cantora de dangdut com uma proibição de actuar se não aceitar tornar o seu espectáculo menos sexy. “Jovens do sexo masculino disseram-me que ficavam sexualmente excitados quando vêem Dewi Persik actuar”, acusou uma líder religiosa indonésia, o que levou Dada Rosada (!) o Presidente da Câmara de Bandung, a proferir que “o que desperta o apetite sexual não é arte...”. Alamah! Fiquei com vontade de apanhar o ferry para Java...

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