quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Sobre carris e memórias


E cá vamos de novo. Sempre acompanhado das memórias de carris passados. Nestes momentos em que arrasto as malas pela platforma e encontro o nosso comboio, as viagens de infância à Beira Baixa com os meus avós também fazem uma reaparição - nos anos setenta, com a bagagem espalhada por uns 15 sacos de plástico bem atadinhos, a epopeia era comparável à que hoje começo. Na rota para Moscovo conto também senti o cheirinho de viagens para lá da Cortina de Ferro nos anos 80, quando carris parecidos me levaram a Praga. Ou na mesma época, uma épica viagem de Praga a Berlim Leste - e daí passando para Berlim Oeste de ‘metro’... com o calor qie agora faz aqui no compartimento, quem sabe se não me sentirei de novo na Linha do Oeste em pleno Verão, com bons amigos a caminho de São Pedro de Moel! Por enquanto, a realidade enquanto nos arrumamos os quatro na nossa casa dos próximos dois dias: eu, o meu filho, e o David com o filho Isaac, ambos da Índia. Acho qie vão até Moscovo e de lá voam para Hong Kong. Talvez mais há frente entenda o que o Isaac de 18 anos e estudante de Gestão em Chenai procura em Hong Kong. Entretanto o comboio já em marcha e uma voz diz qualquer coisa em Russo, que não faço ideia do que seja.

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