quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Algarve no Algarve

Foi preciso chegar o Outono para me escapulir aos aviões e à gravidade intensa que a minha recém-nascida costela de lavrador tem exercido no Asteróide, pregando-o a uma piscina com vinha ali para os lados de Palmela quando não está a voar para o outro lado do planeta. Apetecia-me algo como o Algarve no Verão, que este ano me tinha escapado inteiramente. E que melhor sítio para nos reencontrarmos com o Algarve que o próprio "Ocidente da Andaluzia" moura, Al-Gharb dos nossos antepassados? E assim passei o fim de semana prolongado do 5 de Outubro no meu Algarve de menino, a dois e com os miúdos empandeirados para outras paragens. Ficámo-nos ali para os lados do Carvoeiro e arredores, a banhos entre a Praia da Marinha e a da Sra. da Rocha, passando por Benagil ou comprando vasos em Porches enquanto evitava colocar a t-shirt para não me arranhar com o sal, ouvindo as cigarras, comendo um marisco na praia ou mergulhando na àgua mais quente do ano. Delicioso, sem par. Por mais que se tenha estragado ao longo das últimas décadas e mesmo raiando o insuportável em muitas zonas durante o pico de Agosto, o Algarve ainda se deixa cheirar e sentir da mesma maneira que o fazia para este menino nos idos da década de 70. Pelo menos nos fins de semana de Outono...


Deixo-vos com uma foto da Senhora da Rocha, um dos cheirinhos a Algarve que resistem ao tempo. Desta vez até Singapura, de onde vos escrevo, parece mais enfadonha ao relembrar o nosso sol...

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