terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Bienvenidos a Houston, Texas!


Estou siderado: os Estados Unidos da América são, hoje, um país completamente bilingue (inglês e espanhol). Escrevo-lhes de Houston, de onde daqui a poucas horas voltarei a embarcar de volta a Newark e daí para Lisboa. Foi uma visita relâmpago: saí de Lisboa Domingo e depois de muitas peripécias consegui ter ontem em Houston a reunião de uma hora e meia para a qual me desloquei ao Oeste. Como tal não tive tempo para fazer de turista, mas foi o suficiente para me aperceber que o espanhol se ouve na rua, no hotel, no aeroporto tanto ou mais do que o inglês e que todas (mas TODAS) as indicações que vejo, desde o aeroporto de Newark até às vias rápidas de Houston no Texas surgem dobradas, em espanhol e em inglês. Até a vida selvagem, neste caso os abutres dos advogados, se faz anunciar em Espanhol, como se pode ver na foto tirada em Houston.
Á parte o omnipresente espanhol (a pressão demográfica é de facto algo esmagador, só na cidade de Houston, 4 milhões de habitantes, estima-se que vivam 400,000 imigrantes Mexicanos ilegais...) e a confirmação dos hábitos necrofágicos dos abutres, pouco mais recolhi neste pulo-vou-num-pé-venho-noutro. Tenho umas fotos dos arranha céus de “down town Houston” (tiradas da “highway”), umas fotos dos principais monumentos do Texas, ou seja, as refinarias a perder de vista (tiradas da “highway”...) e também um sortido de semáforos, cartazes orientativos, camiões titânicos e pick-ups gigantes com condutores gordos: tudo tirado na “highway”! Talvez ponha o album no Picasa um dia destes, o mundo real também é feio e monótono de vez em quando... (nota posterior: já podem espreitar algumas fotos no Picasa)
Ah, ia-me esquecendo: abaixo a TAP! O voo Lisboa-Newark foi cancelado, embarquei com duas horas de atraso no voo seguinte, um avião raptado no Porto (era para ter ido directo e teve de apanhar as sobras de Lisboa...), perdi mais uma hora na pista da Portela encolhido no assento enquando arranjavam uma avaria na porta do porão, finalmente chegado a Newark já tinha perdido a ligação da Continental para Houston mas ia a tempo de apanhar o último voo do dia ainda disponível, não, seria bom demais, era um avião da TAP, amocha aí, mais uma hora parados na pista, desta vez em Newark, até nos darem uma porta para desembarcar... De cortar a respiraçã, hem? Tudo isto foi péssimo, não acham? Ainda não viram nada... Eu e a minha dor de costas já espumava quando os serviços da TAP em Newark me informaram que eu tinha mesmo acabado de perder o último voo para Houston, devido ao atraso no desembarque... Despejaram-me num hotel ranhoso no aeroporto, onde dormi 3 horas para apanhar o voo das 5:30 que a TAP me reservara. Reservara? Nãããooo, claro que o código de reserva que eu tinha no papel que a TAP me dera não era válida, a menina da Continental não me podia pôr no dito voo, nem no seguinte que também estava cheio, só no das 8:50 que já chegava tarde para a minha reunião em Houston! Inenarrável... Bem acabei por ter a sorte de, em lista de espera, conseguir arranjar um lugar no das 5:30, devido à desistência de outros passageiros. Agora ala, vou para o aeroporto de novo, até me arrepio a pensar que aventuras me esperam agora no regresso! Até breve.

2 comentários:

Anónimo disse...

Brm que podias ter aproveitado para tirar uns númerizitos de telefone dos advogados: eles trabalham à comissão e na volta ainda te saia a sorte grande com esse relato!

Anónimo disse...

Joãozinho, Houston downtown é provavelmente a cidade onde não consegues andar a pé na rua, mesmo entre os arranha-céus-de-vidro e o hotel,que levantas suspeitas. Têm passeios amplos, sinalizações para peões topo de gama, tudo excelente...mas se andas a pé, toda a gente olha para ti, e pensará: que andará este guy a fazer na rua! E se levas mochila, então prepara-te - poderás ser abordado por algum anti-terrorista. E se pensas ir a alguma das outras «centralidades» de Houston, então andas de taxi uma boa meia hora ou mais e largas 30 a 40 dólares. Ah, depois há um problemita: arranjar taxi para o regresso. Se não comeste num bom restaurante, onde te chamarão um taxi, estás lixado. Resumo: só mesmo com carro alugado.