quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Um Natal de manga curta
@ 22.11.07 0 comentários Etiquetas: Singapura
Rapidinha: a incrívelmente internacional Caldeirada a la Asteróide
Uma moça filipina acabou de me telefonar, a mim, inveterado nabo culinário, para eu lhe dar a minha receita de caldeirada. Empregada como “made” numa casa de família chinesa toda a semana, quer cozinhar o meu prato esta noite para os seus patrões chineses... Meu Deus, é a minha coroa de glória!
Este é o único prato de minha invenção (é uma caldeirada sui generis...) e de facto consigo servi-lo para geral satisfação e aprovação dos raros convivas que já o provaram (eu sozinho em casa, por exemplo, como terapia no final dos dias mais acelerados, ou a minha cara metade e os meus miúdos quando de 3 em 3 meses estamos juntos!). Num famoso convivio tuga aqui em Singapura há uns meses, no Les Chameaux Bar, a minha caldeirada aguentou estoicamente o embate com uma feijoada maravilhosamente confeccionada por um casal de amigos aqui também desterrados e toda a malta gostou (venham de lá os comentários ao post, ó companheiros tugas de Singapura, sempre quero ver se andam a ler isto...).
Estou mesmo orgulhoso... Bem, orgulho à parte, não esqueci que ainda vos devo o relato das minhas andanças em Macau. Espero conseguir pôr-me em dia até ao final do fim de semana... Até porque para a semana volto a voar de encontro a mais um destino exótico!
A foto: a caldeirada à Singapurense em 2019, ainda vivinha da Silva.
@ 22.11.07 8 comentários Etiquetas: Conversas..., Singapura
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
Hong Kong, último episódio...
Para nos movermos mais rápido em Hong Kong há que palmilhá-la cá por baixo, a norte, nunca muito afastado do Victoria Harbor, a costa virada para Kowloon. É nessa franja que se concentram os maiores arranha céus, os centros comerciais e as principais artérias por onde se pode rápidamente navegar no eixo Leste - Oeste, apanhando o tram, o metro (a Island Line, que não experimentei) ou a pé. Uma alternativa também fácil é caminhar de edifício em edifício com um certo desafogo usando as passadeiras superiores que os unem, apanhando às vezes os passeios cá embaixo quando a vista vale a pena. Mas para "mergulhar" devidamente em Hong Kong há que penetrar para Sul, logo que chegamos à vertical de uma zona que vale a pena explorar. Para Sul a cidade sobe e adensa-se em ruas estreitas, cobertas de cartazes e anúncios, de lojas, de venda ambulante em muitos zonas, de bares e restaurantes noutras. Aqui ou ali encontram-se pequenos oásis de paz ou de espaço, como o Hong Kong Park no Central District, o Victoria Park mais a Leste em Causeway Bay ou o templo de Man Mo, no Western District, não longe do meu hotel. Destaco o que em Hong Kong mais me fascinou: subir ao The Peak (Victoria Peak), do qual já falei em posts anteriores, a 396 metros de altura e com uma vista fabulosa sobre a cidade, visitar a mini-feira da ladra de Cat Street, nas imediações de Hoolywood Road e usar o escalator, sobrevoando o bulício de Hong Kong até chegar ao SoHo para comer algo num restaurante castiço. Bom, vejam mas é o álbum...
@ 19.11.07 0 comentários Etiquetas: Hong Kong
Transportes em Hong Kong: algo de "dejá vu"...
@ 19.11.07 0 comentários Etiquetas: Hong Kong
sábado, 17 de novembro de 2007
Arranhando os céus em Hong Kong
Claro que umas das imagens mais conotadas com Hong Kong são os seus arranha-céus... E merece a fama, pois rodando desde os 420 m do IFC2 (inaugurado em 2003, com direito a um honroso 6º lugar na hierarquia mundial dos arranha céus) até às formas arrojadas do Bank of China, o pescoço passa o tempo a contorcer-se para conseguir apreciar devidamente a visão. Os panoramas de conjunto, com o Central District da Ilha de hong Kong visto do outo lado do canal (de Kowloon) ou do alto do The Peak merecem bem a visita por si só! Ficam as imagens, algumas repetidas dos mesmos edifícios mas em vários ângulos... Quem estiver em Hong kong com uma câmera fotográfica nas mãos sente-se como um fotógrafo de moda liliputiano rodeado de dançarinas de aço e vidro vestidas... Gostaria de ir a Nova York, que não conheço: um marujo americano que se cruzou comigo num eléctrico disse-me que desde as "caves" das ruas fumarentas até ao topo dos arranha céus Hong Kong lhe fazia lembrar New York!
@ 17.11.07 0 comentários Etiquetas: Hong Kong
Lisboa, 29 de Janeiro de 2006
Singapura? Hong Kong? Vietname? Malásia? Indonésia? Macau? Angola? Cuba? Tailândia? Brasil? Não, na maior parte dos momentos quero mesmo é estar em casa, em Lisboa, mesmo que neve! Esta foto é do famoso 29 de Janeiro de 2006, quando nevou em Lisboa pela primeira vez em mais de 50 anos. Foi poucas semanas antes de eu marchar para Singapura...
Peço desculpa por este momento de saudade... O programa voltará a Hong Kong dentro de momentos...
@ 17.11.07 0 comentários Etiquetas: Portugal
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
O caldeirão humano de Hong Kong
@ 16.11.07 3 comentários Etiquetas: Hong Kong
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Atribulações de Batman em Hong Kong
Claro que as filmagens do Batman em Hong Kong foram motivo de muito zumzum nos jornais, e no dia seguinte às fotos que tirei surgiu o cartoon que também partilho convosco... Nem o Batman se safa no meio da esmagadora Hong Kong!
@ 14.11.07 0 comentários Etiquetas: Hong Kong
Da Legolândia para Gotham City
Quando vos falo de Hong Kong refiro-me apenas à metrópolis que se aninha na costa norte da ilha de Hong Kong, no sopé do The Peak. O território completo da Região Administrativa Especial (RAE) de Hong Kong é bastante maior que eu esperava, maior mesmo que Singapura (1042 Km2 contra 682 Km2). No post anterior podem comparar os mapas de ambos os territórios e saber detalhes sobre cada país clicando nos mesmos. Na realidade a RAE de Hong Kong inclui até zonas com campo e praia, tanto na costa Sul da Ilha de Hong Kong como em vastas áreas dos Novos Territórios, a Norte da Ilha e ligando com a eufemisticamente chamada “main land” (a China...). Hong Kong, como Macau, pertence à China desde 1997 (Macau desde 1999) mas ainda goza de um estatuto de autonomia especial durante 50 anos, mantendo uma identidade muito forte. Usam o termo “main land” de forma semelhante ao termo “continente” usado pelos Portugueses das ilhas Atlânticas.
Para quem vem de Singapura, um paraíso urbano todo arranjadinho, espaçoso e verdejante mesmo sob a sombra dos arranha céus (onde os há), a primeira impressão quando se “mergulha” em Hong Kong é esmagadora... Esta metrópole é em muitos aspectos considerada semelhante a Singapura (em dimensão, história – passado Britânico, pujança económico-financeira, população maioritáriamente de etnia chinesa). Mas na realidade são dois espaços completamente diferentes! O título deste post diz tudo: se Singapura parece a Legolândia (ouvi este paralelismo da boca de uma senhora Portuguesa em Macau, que aprecia mais a confusão de HK que a paz de Singapura...), Hong Kong faz lembrar Gotham City! O espaço entre arranha céus é muito mais diminuto, as ruas mais sujas e cheias de população, lojecas chinesas a vender de tudo por todo o lado, becos e ruelas entalados entre gigantescas paredes, sobrevoados por passadeiras aéreas que ligam os arranha-céus, onde milhares de pessoas se fazem às suas vidas sem repararem que estão num autêntico filme... Por falar em filmes, o título Blade Runner também me ocorre de vez em quando, aquela noção de cidade multi-nível onde os píncaros de aço e vidro rebrilhante albergando uma população sofisticada contrastam com as profundezas fumegantes onde seres barulhentos andam aos encontrões no meio do labirinto de lojas, tascos, vendas ambulantes...
Bom, é só uma primeira impressão! Vou digerindo as fotos e relendo as notas do meu Moleskine para em breve vos dar mais detalhes...
@ 14.11.07 0 comentários Etiquetas: Hong Kong, Singapura
Vamos todos reclamar a Pedra Branca!
Tal é o nome (tal e qual o escrevo, em bom Português!) dado a uma ilhota que pouco mais é que um rochedo granítico, onde só cabe um farol, erigido pelos Ingleses no século XIX. Os Portugueses baptizaram o rochedo no inicio do Século XVI (vejam este artigo na Revista da Armada). E Pedra Branca ficou por alva ser a côr do guano ressequido deixado por muitas gerações de aves marinhas que abundam por aquelas bandas...
E cá está a solução: mandar imediatamente uma comitiva Lusitana a Haia (vai dar um particular gozo fazê-lo debaixo do nariz dos Holandeses...) e reclamar a Pedra Branca para a nossa bandeira perante o TIJ! Resolvido o assunto, trocaremos a metade da ZEE que perderemos com a “libertação” da Madeira (e com a nossa “libertação” dos furúnculos que mancham o Estado Democratico em que gostamos de viver) por uma outra, muito maior! Uma faixa de umas milhas valentes de largura, saindo do Algarve para cruzar o Mediterrâneo, passando o Suez (passava a ser nosso, claro, temos jeito para portageiros...), o Mar Vermelho (finalmente vou poder dar uns mergulhos de jeito em águas nacionais!), roçando a Peninsula Arábica de forma a catar um terço das reservas de petróleo offshore do mundo, continuar pelo Índico até ao Mar de Andaman, meter pelo estreito de Malaca (a nossa vocação portageira seria aqui exercida pela 2ª vez, 500 anos depois!), passar ao largo de Singapura e, finalmente, chegar à nossa nova possessão. Já estou a ver a nossa bandeira a flutuar no farol da Pedra Branca!
@ 14.11.07 3 comentários Etiquetas: Conversas..., Portugal, Singapura
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Cromos de Koh Lanta
Koh Lanta está situada na costa na costa Oeste da Tailândia (o mar de Andaman, já parte do Oceano Índico) mas a Leste das Phi Phi e de Phuket. Só em 1996 ficou ligada à electricidade. No mesmo ano inaugurou-se a ligação por ferry para carros entre o continente e as duas ilhas principais que compõem este distrito da província de Krabi (ambas as travessias não são mais que umas poucas centenas de metros...). Um clã de Chao Ley (os "Ciganos do Mar") ainda habitam estas paragens, tentando preservar os seus costumes antigos, mas a população de hoje é uma mistura de Tailandeses budistas e muçulmanos, chineses, malaios e... Suecos! Estes últimos dominam o desenvolvimento recente do turismo nesta zona. Não sei porquê, o que é que os trouxe, mas práticamente colonizaram Koh Lanta! Os Vikings são donos dos resorts, das empresas que organizam os mergulhos, têm restaurantes Suecos, escolas Suecas. E tal como os chalets suiços dos nossos imigrantes quando regressam a Portugal, aqui os Suecos gostam de viver sobre telhados zincados preparados para a neve, em vez de usar a magnífica arquitectura rural Tailandesa!
Cheguei numa quinta-feira à noite a Krabi, capital de provincia, com um casal amigo. Krabi fica a norte de Koh Lanta e tem um aeroporto novo para escoar os números crescentes de turistas (começa a ser uma alternativa a Phuket, do outro lado do golfo). Voámos para lá na Tiger Airways por pouco mais de 100 euros cada. Um motorista do resort apanhou-nos e demorou duas horas e os tais dois ferries para nos despejar finalmente, pelas 1.30 da manhã, no Noble House resort na Klong Dao Beach, na ilha de Koh Lanta. O resto foram 3 dias de mergulhos no Índico, ao largo de Koh Lanta. Saíamos de manhã pelas 8 da manhã e estávamos de volta pelas 4 da tarde. Mas ainda deu para um relax de vez em quando na piscina, duas doses de massagens na praia e uns copos num bar "rasta" surreal! Espreitem o album “Koh Lanta a seco”... E não se esqueçam dos albuns “Peixes” e “Divers”!
@ 6.11.07 3 comentários Etiquetas: Scuba, Tailândia
domingo, 4 de novembro de 2007
O choque dos Mundos aplacado por Buda: a feérica Bangkok
Bangkok é também a cidade de todos os meios de transporte: chega-se de avião, apanha-se o taxi para o hotel, usufrui-se do moderno metro para visitar os mercados dos arredores, sobrevoando a cidade em viadutos futurísticos ou mergulhando no seu subsolo, apanha-se o barco de carreira para avançar umas paragens rio acima (o Chao Phraya, verdadeira artéria da cidade), salta-se para uns barquitos tipo gôndolas motorizadas para percorrer os canais da labírintica Bangkok “profunda” e, last but not the least: o tuk-tuk! Claro, aqueles triciclos de motor a dois tempos que enxameiam as ruas e que por 20 ou 40 bats (50 cêntimos a 1 euro...) nos levam por todo o lado. Até de graça nos carregam, acho, se os deixarmos arrastarem-nos pelas lojas de Bangkok que lhes pagam comissões!
Os Tailandeses são de uma simpatia desarmante, em geral. Há sempre um sorriso, mesmo que seja o de um condutor de tuk-tuk a fazer-se despercebido para nos despejar num alfaiate manhoso, numa rua esconsa... A limpeza das fardas escolares contrasta com os farrapos dos mendigos, da mesma maneira que os shopping centers de Rama I contrastam com as barracas nas margens dos canais.
A densidade de templos em Bangkok é impressionante. E no coração de Bangkok, no ponto da margem do Chao Phraya onde encontramos o complexo do Grande Palácio Real, a riqueza dos edíficios e dos seus conteúdos é fabulosa... Mas não só. Um pouco por toda a cidade, desde o Golden Mount Temple no topo de uma colina com vista magnífica até ao Buda Dourado (5 ton de ouro maciço...) escondido num templo algures numa rua mais perdida, os pagodes sucedem-se e os dourados ferem-nos a vista.
Um conselho: se forem a Bangkok façam como eu mais a minha companhia: esfalfem-se nos mercados, sacudam-se de barco pelos canais, dêem cabo dos pés a calcorrear templos e, quando estiverem bem derreados e suados, vão usufruir do chá das cinco no The Authors Lounge do Oriental Hotel. É chegar ao céu. O chá de primeira, os scones a babarem manteiga derretida e compota caseira, a terrina cheia de bolinhos, tudo a ser saboreado ao som de uma guitarra clássica tocada ao vivo, suavemente, no sítio onde Conrad em 1888 ou Sommerset Maugham em 1923 já beberricaram o seu chá...
Espreitem por partes a Cidade, as Pessoas e os Templos nos albuns que publiquei no Picasa online.
@ 4.11.07 0 comentários Etiquetas: Tailândia
A Grey Area da Gay Law: uma Guterrada em Singapura...
Em Setembro, decorridos 23 anos desde a última revisão do Código e após um período de reflexão e “debate” (interno...), o Governo anunciou as revisões feitas ao Código Penal que se julgaram necessárias. Uma muito esperada decisão seria a eliminação da aberrante Secção 377A. Muitos activistas, nos jornais e na net, homosexuais ou simplesmente cidadãos mais evoluídos que o grupinho de retrógrados que o Governo não quer ofender, clamaram pelo fim da hipócrita lei. Mas os abaixo assinados e cartas ao Primeiro-Ministro não resultaram: a 18 de Setembro os jornais anunciaram as revisões e a 377A lá continuava...
O brado de revolta que se seguiu, sem se comparar com alunos a baixar as calças à frente de Ministros ou polícias a brincar aos bombeiros como em Portugal, foi invulgarmente sonoro para os padrões de Singapura. Nos jornais e na internet, mais fielmente esta última, muito boa gente “cascou” forte e feio na falta de coragem do Governo. Ao ponto de o Primeiro Ministro Lee Hsien Loong ter que vir fazer um discurso para aplacar as massas, uma verdadeira pérola ao melhor estilo uma-no-cravo-outra-na-ferradura dos tempos do nosso PM Guterres. A mensagem de Lee foi bastante simples: mantiveram a Secção 377A porque em Singapura ainda existe uma “maioria conservadora” que não aguentaria tais mudanças (não sei como é que o PM mediu a dita “maioria”). No entanto não se esforçarão por implementar a Lei! É a chamada “Grey Area”: faz de conta que a Lei existe mas para efeitos práticos não se aplica... Dito pelo PM de Singapura: 'If we force the issue and settle the matter definitively one way or the other, we will never reach an agreement... Instead of forging a consensus, we will divide and polarise our society', explicou Lee!
A imagem que ilustra o post foi retirada de um dos blogues que se dedicaram ao tema. Podem ainda espreitar o teor da mensagem do PM Lee. Ou o site do mais barulhento movimento pelo Não ao 377A.
@ 4.11.07 1 comentários Etiquetas: Conversas..., Singapura
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Safari Tailandês... a 18 metros de profundidade
@ 2.11.07 3 comentários Etiquetas: Scuba, Tailândia